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sábado, 10 de dezembro de 2022

Luz Coada por Ferros / Herança de Lágrimas

Títulos: Luz Coada por Ferros
              Herança de Lágrimas
Autora: Ana Plácido
Editora: Co-edição Lello & Irmão / CM-VNF)
Estado de conservação: Novos
Edição: Edição numerada e encadernada a linho de duas obras de Ana Plácido, acompanhadas pelo ensaio 'Ana Plácido: a mulher que se maravilhou a si própria' de Aníbal Pinto de Castro." 

Preço:   50,00 €  (Luz Coada por Ferros / Herança de Lágrimas / Ana Plácido: a mulher que se maravilhou a si própria
Referência: 2212002

Sinopse: Os contos e textos autobiográficos que compõem este livro, o primeiro publicado por Ana Plácido, em 1863, foram escritos durante os 18 meses de prisão (de Junho de 1860 a Outubro de 1861) a que a autora foi condenada pelo adultério que assumiu ter cometido com Camilo Castelo Branco, que amava desde os 15 anos de idade, e com o qual viria a casar depois da morte do marido, um homem rico ao qual os pais a haviam literalmente vendido aos 19 anos, quando esse homem que a comprou tinha 43 anos.
 
Histórias de paixão, infelicidade, infidelidade e desilusão, magnificamente imaginadas e escritas, dialogam nesta obra singular com as «meditações» pessoais da autora sobre a injustiça de que foi vítima, exortando lucidamente as mulheres a que não se resignem a ser apenas «boas governantas de casa, e boas mães de família».
 
Luz Coada por Ferros é a revelação da poderosa voz literária de Ana Plácido, grande escritora do século XIX que não teve ainda o merecido reconhecimento, e uma antecipação prodigiosa da reflexão sobre a emancipação feminina realizada por Virginia Woolf, no fim da segunda década do século XX, em Um Quarto Que Seja Seu.
 
Escreve Ana Plácido: «Hoje, quando os meus verdugos me supõem dias terríveis de desesperança e amargura, eu digo à alma que suba, à inteligência que se ilumine, e de pronto uma chama misteriosa me aclara esta difícil ascensão.»
 
Diana de Sepúlveda vive um casamento sólido com um homem mais velho, a quem vê quase como um pai. O avassalador aparecimento na sua vida de Nuno, um jovem poeta, precipitará Diana numa abissal visita ao passado obscuro da sua própria família. A descoberta do segredo da geração que a antecede vai determinar o modo como lidará com a eventualidade de um novo amor.
 
Sob o pseudónimo masculino de Lopo de Sousa, onze anos depois de ter sido presa por adultério devido à sua ligação com Camilo Castelo Branco, Ana Plácido escreveu este apaixonante romance.
 
Usando a voz epistolar da protagonista na primeira parte, e na segunda recorrendo a um narrador na terceira pessoa, sem nunca perder a estrutura do enredo — revelando um grande domínio das técnicas narrativas —, a escritora desenvolve um estudo sobre os temas do casamento forçado, da infidelidade conjugal e das suas consequências à luz da dualidade de valores com que a hipocrisia social da segunda metade do século XIX julgava moralmente os dois sexos.
 
A entrega do corpo da mulher ao marido era vista como um dever, ao passo que a separação era considerada uma infâmia, que prejudicava as mulheres quanto aos seus desejos, aos seus direitos e à disposição dos seus bens, ferindo-lhes a dignidade, cerceando-lhes a liberdade e mesmo a sobrevivência, e impossibilitando-lhes a construção de um futuro sem o homem.


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ana Plácido

"A 27 de setembro, assinala-se os 187 anos do nascimento de Ana Augusta Plácido. Foi em 1831, na cidade do Porto, que nasceu Ana Plácido, escritora portuguesa e grande paixão do escritor Camilo Castelo Branco.
Foi protagonista de um conflito passional que escandalizou o burgo portuense, não pela invulgaridade, mas por nele estar envolvido Camilo Castelo Branco, de quem viria a ser a companheira de toda a vida.
De personalidade forte e alma sedutora, Ana Plácido sacrificou a Camilo a sua reputação social, o seu bem-estar e até a sua ambição literária. Foi colaboradora dedicada e, nos finais da vida, enfermeira extremosa do homem que desvairadamente amou.
Colaborou em diversas publicações, nomeadamente na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865) e na Gazeta Literária do Porto (1868); fez traduções, ajudou Camilo em alguns textos e também se dedicou à poesia. No decurso da sua carreira literária assinou algumas vezes com pseudónimos, sendo os mais conhecidos Gastão Vidal de Negreiros e Lopo de Souza.
Ana Plácido faleceu a 20 de setembro de 1895, em S. Miguel de Seide, cinco anos após a morte de Camilo Castelo Branco.