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terça-feira, 2 de maio de 2023

Trocar de Rosa

Título:  Trocar de Rosa
Autores: Lorca, Pablo Neruda, Juan Ramón Jiménez, Umberto Saba, César Vallejo, Luís Cernuda, Eugénio Montale, Yannis Ritsos e outros
Editor: Na Regra do Jogo, Edições, Lda.
Traduções: Eugénio de Andrade
Introdução de: Eugénio de Andrade
Coleção: Volume integrado na colecção "Inverso"
Edição: 1ª edição
Tiragem: 1500 exemplares
Género: Poesia
Idioma: Português
Capa de: João B.
Ano:  1980 (Janeiro)
Dimensões: 13,3 cm x 21 cm
Encadernação: Brochura com sobrecapa com badanas
Nº de páginas:  72 páginas
Estado de conservação: Bom

Preço:   
  20,00 €
Referência: 2305005

Sinopse:

domingo, 18 de agosto de 2019

Federico García Lorca (05/06/1898 - 05/06/1936)


Em agosto de 1936, logo depois do início da Guerra Civil Espanhola, o poeta foi arrestado, a partir de uma ordem escrita das autoridades franquistas e foi fuzilado na madrugada de 18 para 19 do mesmo mês. As circunstâncias do assassinato de Lorca permaneceram obscuras durante décadas, seu corpo nunca foi encontrado e, somente recentemente, documentos provando a autoria e a procedência das ordens superiores para sua morte vieram a luz. As circunstâncias do encobrimento desse assassinato foram exaustivamente pesquisadas por Ian Gibson, autor de farto material sobre Lorca.



Este é o Prólogo

Deixaria neste livro
toda minha alma.
Este livro que viu
as paisagens comigo
e viveu horas santas.

Que compaixão dos livros
que nos enchem as mãos
de rosas e de estrelas
e lentamente passam!

Que tristeza tão funda
é mirar os retábulos
de dores e de penas
que um coração levanta!

Ver passar os espectros
de vidas que se apagam,
ver o homem despido
em Pégaso sem asas.

Ver a vida e a morte,
a síntese do mundo,
que em espaços profundos
se miram e se abraçam.

Um livro de poemas
é o outono morto:
os versos são as folhas
negras em terras brancas,

e a voz que os lê
é o sopro do vento
que lhes mete nos peitos
— entranháveis distâncias. —

O poeta é uma árvore
com frutos de tristeza
e com folhas murchadas
de chorar o que ama.

O poeta é o médium
da Natureza-mãe
que explica sua grandeza
por meio das palavras.

O poeta compreende
todo o incompreensível,
e as coisas que se odeiam,
ele, amigas as chama.

Sabe ele que as veredas
são todas impossíveis
e por isso de noite
vai por elas com calma.

Nos livros seus de versos,
entre rosas de sangue,
vão passando as tristonhas
e eternas caravanas,

que fizeram ao poeta
quando chora nas tardes,
rodeado e cingido
por seus próprios fantasmas.

Poesia, amargura,
mel celeste que mana
de um favo invisível
que as almas fabricam.

Poesia, o impossível
feito possível. Harpa
que tem em vez de cordas
chamas e corações.

Poesia é a vida
que cruzamos com ânsia,
esperando o que leva
nossa barca sem rumo.

Livros doces de versos
são os astros que passam
pelo silêncio mudo
para o reino do Nada,
escrevendo no céu
as estrofes de prata.

Oh! que penas tão fundas
e nunca aliviadas,
as vozes dolorosas
que os poetas cantam!

Deixaria no livro
neste toda a minha alma...

Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos'
Tradução de Oscar Mendes

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Pequeno Retábulo de D. Cristóvão

Auto-Retrato do poeta em
 Nova Iorque
Título: Pequeno Retábulo de D. Cristóvão
Autor: Federico Garcia Lorca
Tradução: Eugénio de Andrade
Editor: O Oiro do Dia
Direcção: Mário Cláudio
Edição: 1ª edição
Ano: 1980
Colecção: Alegria Breve
Número: 1
Género: Poesia
Encadernação: Folheto/Brochura
Estado conservação: Bom
Nº de págs.: 20 (intactas, por abrir)
Tiragem:  250 exemplares

Preço: 25,00 €
Referência: 1809015

Sinopse: