Título: Contos Proibidos
Memórias
de um PS desconhecido
Autor: Rui Mateus
Editora: Publicações D. Quixote
Edição: 1ª edição
Ano: 1996
Nº de páginas: 457
Anexos: 47 anexos, profusamente ilustrado com fotos e documentos
Encadernação: Capa: Brochura
Estado de conservação: Exemplar como novo, muito estimado
Preço: 35,00 € -
Livro de difícil aparição no mercado alfarrabistaReferência: 2009047
Sinopse: "O livro vendeu e desapareceu. Também o autor
emigrou após as revelações que atingiram Mário Soares
Fixe bem esta data: 27 de Janeiro de 1996. Era um sábado e o
público português assistiu a um fenómeno sem precedentes: um livro, escrito por
um autor nacional, vendeu 30 000 exemplares no lançamento. Depois foi retirado
do mercado e nunca mais reapareceu."Contos proibidos. Memórias de um PS
desconhecido" foi a obra "mais atrevida", segundo Nelson de
Matos, a pessoa que o publicou na Dom Quixote. Numa entrevista ao
"Expresso", em 2004, o editor negou ter sofrido pressões ou ameaças,
mas denunciou a existência de "comentários negativos" que lhe
causaram "bastantes dificuldades pessoais". "A todos expliquei
que o livro existia", disse na altura. "Tinha revelações importantes
e procurava ser sério ao ponto de as provar. Desse ponto de vista, achei que
merecia ser discutido na sociedade." Nelson de Matos é também,
provavelmente, uma das poucas pessoas que conhece o paradeiro do autor - a
hipótese mais repetida é a Suécia, mas ninguém está em condições de confirmar
nada. O escritor, tal como acontecera antes com o bestseller instantâneo,
desapareceu sem deixar rasto. Dez anos mais tarde, o jornalista Joaquim Vieira
publicou cinco textos sobre o assunto na "Grande Reportagem". Em
conversa com o i, recorda que "quando o livro saiu, o Rui Mateus foi entrevistado
pelo Miguel Sousa Tavares na SIC, e a primeira pergunta que este lhe fez foi:
'Então, como é que se sente na pele de um traidor?' Toda a entrevista decorreu
sob essa ideia."Mas o que continha o livro afinal? Qual o motivo para as
desaparições? Retomando a síntese de Vieira, que o analisou a fundo, Rui Mateus
diz que Mário Soares, "após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986,
fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos
financeiros remanescentes da campanha. (...) Que, não podendo presidir ao grupo
por questões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro".O
investigador Bernardo Pires de Lima também leu o livro e conserva um exemplar.
"Parece-me evidente que desapareceu de circulação rapidamente por ser um
documento incómodo para muita gente, sobretudo altas figuras do PS, metidas
numa teia de tráfico de influências complicada que o livro não se recusa a
revelar com documentos", observa.A obra consta de dez capítulos e 47
anexos.Rui Mateus (Fundador e destacado dirigente do PS), relata-nos os
processos e formas usadas por Mário Soares e os socialistas para conseguirem o
financiamento das suas actividades..."