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domingo, 14 de setembro de 2025

Oróbio de Castro (1620-1689)

Título: 
 Oróbio de Castro
              (1620-1689)
Autor: Dr. Augusto D'Esaguy
Editor: Separata da Imprensa Médica
Edição: 1ª edição
Ano: 1951 - Lisboa
Encadernação: Brochado
Idioma: Francês
Nº de Páginas: 16 páginas
Dimensões:  In-8º - 15,5 cm x 22,3 cm 
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:  20,00 € + portes de envio
Referência: 2509018

Sinopse: Baltasar Oróbio de Castro, trasmontanos de origem hebreia. O principal estudioso deste médico não é trasmontano, nem sequer português, mas um estrangeiro que sobre ele fez a sua tese de doutoramento: Yosef Kaplan.

"Desde o início que a força da inquisição se abateu sobre a cidade de Bragança e, à entrada da última década do século de 500, isso ficou patente na condenação à morte de 17 brigantinos pelo tribunal de Coimbra. Entrou-se então num processo de denúncias em série e o tribunal ficou “entupido” com tantos processos e tantos prisioneiros, operação que foi brilhantemente tratada por Elvira Mea como o “caso dos falsários de Bragança”.

Neste movimento de prisões foram apanhados os avós e bisavós de Baltasar e foi em meio dessa tragédia que seus pais nasceram: Manuel Álvares Oróbio em 1590 e Mência Fernandes Nunes, em 1596. Em 1617 nasceu Baltasar Álvares e tinha uns 5 anos quando os seus pais abandonaram a cidade e se meteram por Castela adentro, certamente receosos de nova investida da inquisição.

A família fixou residência em Málaga, onde nasceram outros filhos: Ana (c.1624), Leonor (c.1626), Melchior (c.1627), Violante (c.1628) e Clara (c.1632). Chegaram pobres, mas tinham a proteção de Mateus Rodrigues Nunes, tio materno de Baltasar, que era ali administrador dos “millones” (imposto lançado sobre os bens de consumo: carne, vinho, azeite…).

Seria o mesmo tio a pagar os estudos de Baltasar quando este se matriculou no curso de medicina em 1633, na “medíocre” universidade de Osuna, passando em 1635 para a prestigiada universidade de Alcala de Henares. Certamente que o tio também abriu os cordões à bolsa para “comprar” a indispensável prova de limpeza de sangue. Nesta universidade tirou o bacharelato em Artes, mas não consta que tenha feito o exame final para ser diplomado em medicina. Na primavera de 1640 desapareceu, pura e simplesmente. É que, entretanto, os seus pais e uma dezena de outros membros da família foram denunciados à inquisição de Espanha.

O processo dos pais não impediu o Dr. Baltasar Oróbio de entrar na universidade de Sevilha como professor de medicina, em finais de 1642. Terá falsificado o diploma, como escreve o investigador francês Jacques Blamont?

Dois anos mais tarde pediu a demissão para entrar ao serviço do duque de Medinaceli e, em 1651 casou com Isabel de Pena, filha de um rico comerciante, levando um dote de 6000 sólidos. O “grande doutor” vivia então numa luxuosa casa, servido por 3 escravos e muitos criados. Com ele ou ao lado, viviam os pais e os irmãos, que entretanto casaram e estabeleceram redes de negócio, nomeadamente na área de importação e comércio de chocolate. O tio Mateus é que não estava. Depois de uma curta passagem pela inquisição, fugiu para a Itália, em 1648 e ali aderiu ao judaísmo. Terá sido ele que enviou a Baltasar um livro de orações judaicas, “encadernado em badana negra, com umas raias douradas e com umas cintas para assinalar, do tamanho de umas Horas de Nossa Senhora, de 3 dedos de alto, impresso em língua castelhana”, como testemunhou na inquisição de Valladolid um tal Duarte Rodrigues?

Adivinhando tempestade, o pai, o irmão Mechior e o cunhado Pascoal deixaram Espanha e fugiram para Bayonne, enquanto Baltasar, a mãe, o cunhado Simão e as irmãs Leonor, Violante e Clara eram presas pela inquisição de Sevilha. Saíram reconciliados com sequestro de bens, cárcere e hábito perpétuo no auto de fé de 11 de Junho de 1656. Da pena constava ainda a proibição de se aproximarem de qualquer porto e das cidades de Madrid, Sevilha e Cádis. Incrível: em fevereiro seguinte o nosso médico foi encontrado a passear pelas ruas de Sevilha sem o sambenito!

Sigamos para Bayonne, em França, onde toda a família se encontrava já reunida em 24 de junho de 1660. Em setembro desse mesmo ano entrou o Dr. Baltasar Oróbio de Castro como professor na “medíocre faculdade” de medicina de Toulouse, ganhando “o miserável salário de 290 L”, no dizer de Blamont, que atesta também a falsidade do diploma apresentado. Foi ali professor por 2 anos e ao final de 1662 toda a família se encontrava já em Amesterdão, fazendo-se circuncidar, tomando nomes judaicos e abraçando abertamente o judaísmo. Na Jerusalém do Norte viverá Isaac Oróbio de Castro (nome que ali tomou – “4ª metamorfose”) os seus dias de glória, respeitado e admirado como “um dos mais fecundos apologistas do judaísmo ortodoxo” contra as ideias deístas panteístas e ateístas que ganhavam terreno entre os pensadores judeus, muito em especial os de origem sefardita, com destaque para Baruch Espinosa, João do Prado e Uriel da Costa."

Comentos à Vida e Obra de Elias Montalto

Título:  Comentos à Vida e Obra de Elias Montalto
Autor: Dr. Augusto D'Esaguy
Editor: Editorial Império
Edição: 1ª edição
Ano: 1951 - Lisboa
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 36 páginas
Dimensões:  In-8º - 16 cm x 21,5 cm 
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:  30,00 € + portes de envio / Valorizado com uma                         dedicatória e assinatura do autor
Referência: 2509017

Sinopse: 

Do autor: Augusto Isaac de Esaguy (1899 — 1961) foi um médico e escritor português.
Foi diplomado em dermatologia pela Universidade de Paris.
Foi um defensor da Independência de Cuba e promotor das relações entre aquele país e Portugal, tendo sido o médico da Legação de Cuba em Lisboa, e companheiro do diplomata Antonio Iraizoz, e do embaixador Enrique Loynaz del Castillo.
Também exerceu como publicista. Notabilizou-se pela criação de uma rica obra literária e científica, especialmente sobre literatura e medicina. Escreveu sobre a história da medicina portuguesa, e sobre várias doenças de pele e sífilis. Colaborou igualmente nas publicações Ilustração, Riso da vitória e Gazeta dos Caminhos de Ferro
Morreu em 1961.

Algumas obras do autor publicadas:
Torturados (1919)
Nótulas relativas às ágoas de Inglaterra: inventadas pelo Dr. Jacob de Castro Sarmento e hoje preparadas por André Lopes de Castro (1931)
Apontamentos de história da medicina (1931)
Apologia da agoa de Inglaterra da Real Fábrica (1812) (1931)
Grandezas e misérias de Israel (1939)
Jacob de Castro Sarmento, notas relativas à sua vida e à sua obra (1946)
A abertura da Escola Médica de São Paulo da Assunção de Luanda, 1791, documentos (1951)
Nótulas para a história da medicina de Angola; documentos (1952)
Uma carta inédita do Dr. Jacob de Castro Sarmento (1953)
Oração e juramento médico de Moisés Maimonide e Amato Lusitano (1955)

O Poeta Alfredo Brochado

Título:  O Poeta Alfredo Brochado
Autor: Dr. Augusto D'Esaguy
Editor: Editorial Império
Impressão: "Acabou de se imprimir no mês de Outubro de 1938 na Imprensa Beleza R. da Rosa, 99 a 107 - Lisboa"
Edição: 1ª edição
Ano: 1951 - Lisboa
Encadernação: Encadernação editorial
Idioma: Português
Nº de Páginas: 24 páginas
Dimensões:  In-8º - 13 cm x 20,2 cm 
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:     25,00 € + portes de envio 
Referência: 2509016

Sinopse: 

Do autor: Augusto Isaac de Esaguy (1899 — 1961) foi um médico e escritor português.
Foi diplomado em dermatologia pela Universidade de Paris.
Foi um defensor da Independência de Cuba e promotor das relações entre aquele país e Portugal, tendo sido o médico da Legação de Cuba em Lisboa, e companheiro do diplomata Antonio Iraizoz, e do embaixador Enrique Loynaz del Castillo.
Também exerceu como publicista. Notabilizou-se pela criação de uma rica obra literária e científica, especialmente sobre literatura e medicina. Escreveu sobre a história da medicina portuguesa, e sobre várias doenças de pele e sífilis. Colaborou igualmente nas publicações Ilustração, Riso da vitória e Gazeta dos Caminhos de Ferro
Morreu em 1961.

Algumas obras do autor publicadas:
Torturados (1919)
Nótulas relativas às ágoas de Inglaterra: inventadas pelo Dr. Jacob de Castro Sarmento e hoje preparadas por André Lopes de Castro (1931)
Apontamentos de história da medicina (1931)
Apologia da agoa de Inglaterra da Real Fábrica (1812) (1931)
Grandezas e misérias de Israel (1939)
Jacob de Castro Sarmento, notas relativas à sua vida e à sua obra (1946)
A abertura da Escola Médica de São Paulo da Assunção de Luanda, 1791, documentos (1951)
Nótulas para a história da medicina de Angola; documentos (1952)
Uma carta inédita do Dr. Jacob de Castro Sarmento (1953)
Oração e juramento médico de Moisés Maimonide e Amato Lusitano (1955)