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domingo, 28 de setembro de 2025

Na Livraria Alfarrabista Canto III, a tertúlia acontece


Como  o  jornalista  português  Belo Redondo  disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa  referência  inequívoca  da importância das  tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para  Portugal  de  Paris,  onde  surgiram  e se espalharam  pelo mundo,  associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como  pertencendo  à  tertúlia  A  ou B, numa  clara divisão  das  águas  entre  correntes  de  pensamento diferentes.

Historicamente em Portugal, o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro. José Gomes Ferreira, Egito Gonçalves, Rebordão Navarro, Eugénio de Andrade, ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto, os míticos cafés, Majestic, A Brasileira, o Guarany, Rialto, Palladium, Águia D' Ouro, Astória, Café D' Ouro (Café Piolho), eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos, homens do futebol. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham, nos seus cafés, tertúlias onde se discutia tanto a política nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.

Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos etc. Com o advento do Estado Novo, as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas, com o tempo, são cada vez mais espiadas pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). Um exemplo disto foi o Grupo do Café Gelo. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias.

Todavia, na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, no CANTO III - Livraria Alfarrabista a Tertúlia acontece.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Livraria Alfarrabista Canto III

 Canto III

Livraria Alfarrabista

Informamos os nossos estimados clientes, amigos e público em geral, que no período de

22 de agosto a 7 de setembro,

 vamos estar na Feira do Livro do Porto

que decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal

Canto III estará no pavilhão nº.

61

A sua visita será uma grande honra para nós

                   Bem Hajam

                       Canto III Livraria Alfarrabista

domingo, 6 de julho de 2025

terça-feira, 10 de junho de 2025

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

"As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;"

                              Os Lusíadas
                                  Luís de Camões


segunda-feira, 24 de junho de 2024

UM POUCO DE HISTÓRIA DO CANTO III - RECORDAÇÃO / 26 de Maio de 2018


"Uma formiga vai à eira e agarra numa pragana. Dali ao formigueiro são dez  metros, menos  que  vinte passos de homem. Mas quem vai levar essa pragana  e andar esse caminho, é a formiga, não é o homem. Ora, o mal desta obra (...) é terem posto homens a trabalhar nela em vez de gigantes,  e,  se com  estas e outras obras passadas  e futuras  se quer  provar que  também  o  homem é capaz de fazer o trabalho que gigantes  fariam,  então  aceite-se  que  leve o tempo  que levam as formigas,  todas as coisas têm de ser entendidas na sua justa proporção,  os formigueiros (316-317)".

Foi com este texto do livro “O Memorial do Convento” de José Saramago, que em 26 de Maio de 2018 o  CANTO  III,  em  ritual de  iniciação e batismo,  abriu  as portas ao  publico.

Decorridos que são 6 anos, a Livraria  Alfarrabista  CANTO III é como sempre foi uma referência elevada no  mercado alfarrabista.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

No Canto III, a tertúlia acontece

"Como o jornalista português Belo Redondo disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa referência inequívoca da importância das tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para Portugal de Paris, onde surgiram e se espalharam pelo mundo, associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como pertencendo à tertúlia A ou B, numa clara divisão das águas entre correntes de pensamento diferentes.

Historicamente em Portugal, o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto, o Majestic, A Brasileira e o Guarany, eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham, nos seus cafés, tertúlias onde se discutia tanto a política nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.

Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos etc. Com o advento do Estado Novo, as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas, com o tempo, são cada vez mais espiadas pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). Um exemplo disto foi o Grupo do Café Gelo. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias."

Todavia, na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, no CANTO III - Livraria Alfarrabista a Tertúlia acontece.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

PARABÉNS CANTO III. FELIZ ANIVERSÁRIO


 "Uma formiga vai à eira e agarra numa pragana. Dali ao formigueiro são dez metros, menos que vinte passos de homem. Mas quem vai levar essa pragana e andar esse caminho, é a formiga, não é o homem. Ora, o mal desta obra (...) é terem posto homens a trabalhar nela em vez de gigantes, e, se com estas e outras obras passadas e futuras se quer provar que também o homem é capaz de fazer o trabalho que gigantes fariam, então aceite-se que leve o tempo que levam as formigas, todas as coisas têm de ser entendidas na sua justa proporção, os formigueiros (316-317)", os alfarrabistas, o número de livros, o espaço da loja...

Estimados clientes e amigos, com esta citação do livro “O Memorial do Convento” de José Saramago, foram dadas há 4 anos atrás as boas-vindas ao CANTO III, para este ritual de iniciação, o batismo, que, no caso, é feito pela amizade que nos dedicam e a palavra escrita, que se oferece nas diferentes prateleiras que nos rodeiam num redondo abraço e que se organizam em dicionários, enciclopédias, literatura portuguesa e estrangeira, policiais, história, filosofia, psicologia, jornais, revistas &etc…

domingo, 13 de janeiro de 2019

ALFARRABISTA CANTO III


«Esta é a ditosa pátria minha amada,
À qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta empresa já acabada,
Acabe-se esta luz ali comigo.
Esta foi Lusitânia, derivada
De Luso ou Lisa, que de Baco antigo
Filhos foram, parece, ou companheiros,
E nela antão os íncolas primeiros.»

                Os Lusíadas - Canto III - Luís de Camões