domingo, 26 de outubro de 2025

Discografia José Afonso

As músicas do LP Cantigas do Maio, de José Afonso, lançado em 1971, são as seguintes:

CANTIGAS DO MAIO

"Senhor Arcanjo"
"Cantigas do Maio"
"Milho Verde"
"Cantar Alentejano"
"Grândola, Vila Morena"
"Maio, Maduro Maio"
"Ronda das Mafarricas"
"Mulher da Erva"
"Coro da Primavera"



O LP de 1970 Traz Outro Amigo Também, do cantor e compositor José Afonso, reúne as músicas seguintes:

TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM

"Traz Outro Amigo Também"
"Maria Faia"
"Canto Moço"
"Epígrafe Para a Arte de Furtar"
"Moda do Entrudo"
"Os Castelos"
"O Que Faz Falta"
"Canção do Desterro"
"Qualquer Dia"
"Que Amor Não Me Engana"
"Cantiga da Liberdade"

O LP Enquanto Há Força, de José Afonso, editado em 1978, inclui as seguintes músicas:

ENQUANTO HÁ FORÇA

Enquanto Há Força
Há uma Música do Povo
Perdidos na Noite
Certos Companheiros
Paz, Pão, Liberdade
É Para Ti
Elegia
O País Vai de Carrinho
Amanhã
As respostas

O LP Cantares do Andarilho, de José Afonso (1968), inclui as seguintes músicas:

"Natal dos Simples"
"Balada do Sino"
"Resineiro Engraçado" (tema popular da Beira Alta)
"Canção de Embalar"
"O Cavaleiro e o Anjo"
"Saudadinha" (tema popular dos Açores)
"Tecto na Montanha"
"Endechas a Bárbara Escrava" (letra de Luís de Camões)
"Chamaram-me Cigano"
"Senhora do Almortão" (tema popular da Beira Alta)
"Vejam Bem"
"Cantares do Andarilho" (letra de António Quadros)

O LP Contos Velhos Rumos Novos, de José Afonso, foi lançado em 1969 e inclui as seguintes faixas:


Bailia
Oh! Que Calma Vai Caindo
S. Macaio
Qualquer Dia
Vai, Maria Vai
Deus Te Salve, Rosa
Já o Tempo se Acostuma
Cantar Alentejano
Romance do Caçador
Canção de Embalar
Que Amor Não Me Engana



O álbum de 1976 de José Afonso, Com as Minhas Tamanquinhas, apresenta as seguintes músicas: 

"Os Fantoches de Kissinger"
"Teresa Torga"
"Os Índios da Meia-Praia"
"O Homem da Gaita"
"O Dia da Unidade"
"Com as Minhas Tamanquinhas"
"Chula da Póvoa"
"Como se Faz um Canalha"
"Em Terras de Trás-os-Montes"
"Alípio de Freitas" 


As músicas do LP Fura Fura, de José Afonso, lançado em 1979, são as seguintes:

Quanto é Doce
As Sete Mulheres do Minho
O Cabral Fugiu para Espanha
De Quem Foi a Traição
Quem Diz Que Pela Rainha
Na Catedral de Lisboa
Achêgate a Mim
Maruxa (Cantar Galego)
Senhora que o Velho
De Sal de Linguagem Feita
De Não Saber o Que Me Espera
Fura Fura

Grande parte das canções foram compostas para as peças de teatro de dois importantes grupos portugueses da época, A Barraca e A Comuna – Teatro de Pesquisa. Os Trovante participaram na direção musical e nos arranjos de algumas faixas.

O álbum de José Afonso, Coro dos Tribunais, foi lançado em 1974 (embora algumas fontes indiquem 1975) e é composto por 11 faixas. A gravação foi realizada em Londres com arranjos de Fausto Bordalo Dias.

llista de músicas:

"Coro dos Tribunais" (introdução)
"O Homem Voltou"
"Ailé! Ailé!"
"Não Seremos Pais Incógnitos"
"O Que Faz Falta"
"Lá no Xepangara"
"Eu Marchava de Dia e de Noite"
"Enquanto Há Força"
"Só Ouve o Brado da Terra"
"A Presença das Formigas"
"Coro dos Tribunais" (final)

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) iniciou a classificação da obra fonográfica do músico, por considerar que representa “valor cultural de significado para a Nação”. De acordo com o anúncio então publicado em Diário da República, foi determinada a abertura do procedimento de classificação de um conjunto de 30 fonogramas da autoria do compositor e intérprete José Afonso, bem como de 18 cópias digitais de masters de produção de um conjunto de cassetes gravadas pelo autor e de um conjunto de entrevistas.

Preço:  20.00 € cada LP   - Discos de vinil novos
             10,00 € cada CD  - Cd's novos

Caixinhas de música


CAIXINHA DE MÚSICA

 Trago sempre comigo
uma pequena e linda caixinha de música
onde guardo com presteza, todas
as minhas emoções.
 
E nela até mesmo produzo
alguns acordes que me dão prazer,
e muita satisfação.
 
É uma caixinha pintada
de vermelho, da cor da paixão
que abre e se fecha de acordo
com cada estação.
 
Ela assim reza todos os meus direitos,
sem ter nem mesmo nenhuma predileção.
A minha pequena caixinha de música
tem verde, e tem rosa, meu único
vício, desde então.
                   
                              Alexandre d Oliveira

Cada caixinha: 15,00 €

A Mulher Adúltera

 
Título: A Mulher Adúltera
Autor: D. Enrique Perez Escrich
Tradutor: J. B. Mattos Moreira
Editor: Typographia Portugueza. Livraria Editora de Mattos Moreira & Comp.ª. Lisboa. 1873.
Colecão: Flores Românticas
Edição: Primeira edição - Edição Monumental
Ano: 1873 (Lisboa)
Nº de volumes: 4 volumes
Ilustrações: Illustrações de Raphael Bordallo Pinheiro
Encadernação: Encadernação com lombada em pele, com ferros a ouro e folhas de guarda decorativas. Não preserva as capas de brochura.

Encadernação editorial com sobrecapa
Idioma: Português
Nº de Páginas: 316, [ii]; 316, [iii]; 317, [iii]; 334, [ii] págs
Dimensões: 17,5 cm x 13 cm
Estado de conservação: Bons exemplares
 
Preço:   85,00 €  (4 volumes)

Referência: 2510004

Sinopse:"A Mulher Adúltera" é um romance de costumes do escritor espanhol Enrique Pérez Escrich (1829–1897), um dos autores de folhetins mais populares do século XIX. A obra explora questões complexas de moralidade, casamento e as pressões sociais impostas às mulheres na Espanha dessa época.

Características da obra:

Género literário: Romance de costumes, que se foca nos hábitos e costumes da sociedade.

Temas: A história lida com as normas sociais e culturais que restringem a vida das mulheres, abordando a luta de uma mulher contra as expectativas da sociedade para lutar pelo amor e pela justiça.

Contexto: O romance, como muitas obras de Pérez Escrich, foi publicado em folhetins, uma forma popular de publicação seriada em periódicos que atingia um vasto público.

Impacto: Apesar da popularidade, a obra era considerada controversa para a sua época. Em 1915, foi descrita no Brasil como "uma obra indigna de um lar".

Outras obras do autor:

Pérez Escrich foi um autor prolífico, e a sua obra inclui outros romances e peças de teatro. Entre os seus títulos mais conhecidos estão:

O Cura da Aldeia
O Mártir do Gólgota
História de um Beijo
Os que Riem e os que Choram

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Festa do Livro

 

Informámos os nossos estimados Cliente, Amigos e público em geral, que a
Livraria Alfarrabista Canto III,
vai estar presente amanhã, 25 de outubro, na Festa do Livro no Centro Comercial de Cedofeita no Porto.
Convidámos a todos nos honrem com a vossa visita.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Canto III Livraria Alfarrabista



Jornal da B. D. (Jornal da Banda Desenhada)

Autores: Vários
Editor: Grupo BPI
Edição: Meribérica
Propriedade: Sojornal
Distribuição: Expresso
Datas de publicação: 1981 - 1987
Ilustrações: Profusamente ilustrado, a cores
Encadernação: Encadernação editorial
Idioma: Português
Nº de volumes: 33 volumes
Nº de Páginas:  
Dimensões: 21 cm x 30,5 cm
Peso: 
Estado de conservação: Bons exemplares, muito estimados
 
Preço:  330,00 €  - (33 volumes)
Referência: 2510003

Sinopse: Coleção completa do Jornal da BD, de 1980 a 1987, 33 volumes.

Uma coleção de grande interesse no cenário nacional no que respeita a Banda Desenhada, pela quantidade, qualidade e diversidade elevada das séries e dos autores publicados, bem como pelo extenso material inédito (até hoje) em álbum em Portugal.

domingo, 19 de outubro de 2025

António Borges Coelho (1928-2025)

Morreu o importante e marcante historiador António Borges Coelho que o fascismo não vergou, tinha 97 anos. Formado em História, dedicou-se também ao ensino na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Foi opositor do regime do Estado Novo, tendo sido militante do Partido Comunista durante a ditadura. Por esse motivo, foi preso político e impedido de dar aulas até ao 25 de Abril.

Biografia

"António Borges Coelho nasceu em Murça (Vila Real), a 7 de outubro de 1928. Decidido a ser frade franciscano, entrou para o seminário de onde acabaria por ser expulso.

No final da década de 1940 entra na Faculdade de Direito Lisboa, mas abandona os estudos para dedicar-se exclusivamente à política. Em 1949 integra o Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil e, depois, o Partido Comunista Português (PCP). A 3 de janeiro de 1956, já como dirigente do PCP na clandestinidade, é preso pela PIDE, recolhendo à cadeia do Aljube. Seguirá para Caxias e para a delegação da PIDE no Porto. Julgado em junho de 1957, condenado a dois anos e nove meses de prisão, segue para a prisão de Peniche e terminada a pena é sujeito a medidas de segurança. Durante a prisão em Peniche, casa com Isaura Silva, em 1959. Um ano depois, Borges Coelho opta por não integrar a fuga de Peniche de vários dirigentes do PCP. Recusava nova clandestinidade e pretendia dedicar-se a uma carreira como historiador após a libertação. Seria, no entanto, castigado e enviado para o Aljube, onde é submetido à tortura da estátua e a seis meses de isolamento. Regressado a Peniche, dedica-se ao trabalho de escrita histórica. Em 1962 ser-lhe-ia concedida liberdade condicional por um período de cinco anos. Em 1967 conclui a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Lisboa. Em 1968 tornou-se jornalista, n’ A Capital. Trabalhou também no Diário de Lisboa, Diário Popular, Vértice ou Seara Nova. Catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa publicou obras como As Raízes da expansão Portuguesa, A Revolução de 1383, Questionar a História, A Inquisição em Évora (1987) e vários volumes da História de Portugal.

Sócio fundador do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM), foi até 2020 presidente do Conselho Consultivo do Museu do Aljube, com quem colabora desde o seu início. Em 1999, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, em 2018 com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e em 2019 foi-lhe atribuída pelo Governo a Medalha de Mérito Cultural."

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Oito Séculos de Caça em Portugal

Título: Oito Séculos de Caça em Portugal
Autores: Miguel Sanches de Baêna, João Maria Bravo
Editor: Grupo BPI
Edição: Primeira edição - Edição Monumental
Ano: 
Tiragem: 3500 exemplares
Ilustrações: Profusamente ilustrado
Encadernação: Encadernação editorial com sobrecapa
Idioma: Português
Nº de Páginas: 290-II páginas
Dimensões: 35 cm x 27 cm x 4cm
Peso: 3000 gramas (3 Kg.)
Estado de conservação: Bom, exemplar muito estimado
 
Preço:  450,00 € + portes de envio
Referência: 2510002

Sinopse: Magnifica edição monumental, impressa em exclusivo para o B.P.I. fora do circuito comercial. Profusamente ilustrado abrange todas as modalidades de caça, armas, cães de caça, joalharia etc, um inventário da atividade cinegética realizado por quem conhece com profundidade e dedicação.

Do índice: Montaria; Falcoaria; O Cão de Caça; Armas de Caça; A Caça à Raposa a Cavalo com Matilha; A Caça Ligeira; Caçadas e Caçadores - memórias de caça; Armas e Caça na África 

domingo, 12 de outubro de 2025

Poesias

Título: Poesias
Autor: A. A. Soares de Passos
Editor: Casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor - Porto
Edição: 6ª edição
Ano: 1875
Encadernação: Capa dura, ferros a ouro apagados
Idioma: Português
Nº de Páginas: 214 páginas
Dimensões: In-8º - 13 cm x 20 cm 
Estado de conservação: Bom, capa cansada com letras a ouro apagadas, miolo limpo

Preço:  23,00 € + portes de envio
Referência: 2510001

Sinopse: “No ano de 1855, António Soares de Passos, poeta lusitano, publicava a sua primeira e única coletânea de versos intitulada Poesias.  Sem símiles no período em que fora escrita, a obra — ambientada a meio de túmulos e lousas de pátina nuança e a paisagens outonais de funda melancolia — se apresenta como um verdadeiro epitáfio no contexto literário da época.

Nascido em 21 de novembro de 1826, na cidade do Porto, filho da pequena burguesia liberal, Soares de Passos, aos vinte anos de idade, partiu para Coimbra, onde começou a escrever e onde fundou o jornal literário O Novo Trovador, para o qual colaboraram diversos poetas da segunda geração romântica de Portugal.

Sua poesia, inscrita na atmosfera de seu tempo, imersa no ideário ultra-rromântico, paira sobre uma temática simultaneamente sombria e reivindicativa. Reivindicativa porque, ao lado de uma lírica ultra-romântica, apresenta também textos de protesto, que advogam valores de progresso e liberdade (...)”  Gleiton Lentz

Soares de Passos

O noivado do sepulcro
 
Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.
 
Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.
 
Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.
 
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.
 
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
 
"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?
"Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?
 
"Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!
 
"Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.
 
"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos
"Na fria terra sem vingança ter!
 
– "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
– "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.
Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.
 
"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.
 
"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?
"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
– "Oh vejo sim... recordação fatal!
– "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.
 
"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"
 
E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério

Foi celebrada, d'infeliz amor.
 
Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.
 
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.

Inscrição à entrada do Cemitério da Lapa (Porto)
da autoria de Soares de Passos (1826-1860).

domingo, 28 de setembro de 2025

Em 2025, assinalam-se os 100 anos do nascimento do escritor português José Cardoso Pires (nascido a 2 de outubro de 1925)


Nascido em São João do Peso, no concelho de Vila de Rei, filho de José António Neves e de sua mulher Maria Sofia Cardoso Pires, ele daí natural e ela de Cardigos, em Mação, foi muito cedo para Lisboa com os pais, ele Oficial da Marinha Mercante, ela dona de casa, a irmã, Maria de Lurdes Neves Cardoso Pires (5 de Outubro de 1927) e o irmão, António Nuno Cardoso Pires Neves (13 de Junho de 1931 - 9 de Abril de 1953).

Entre 1935 e 1944 frequentou o Liceu Camões, onde teve como professores Rómulo de Carvalho e Delfim Santos, iniciando, de seguida, uma nunca terminada licenciatura em Matemáticas Superiores, na Faculdade de Ciências.

Em 1945 alista-se na Marinha Mercante, como praticante de piloto sem curso, actividade que abandona compulsivamente, «suspeito de indisciplina e detido em viagem do navio Niassa» (c.f. auto da Capitania do Porto de Lisboa, de 02-02-1946).

Já depois de optar pela carreira de jornalista, veio a assumir a direcção das Edições Artísticas Fólio, onde Aquilino Ribeiro publicou O Retrato de Camilo, e onde lançou a colecção Teatro de Vanguarda, que contribuirá para a revelação em língua portuguesa de obras de Samuel Beckett, William Faulkner e Vladimir Maiakovski.

Em 1959 foi para Itália, afim de estagiar na revista Época, de Milão, preparando-se para a publicação de um semanário em termos semelhantes ao da Época, que a censura impediu. Entretanto conseguiu lançar a revista Almanaque, cuja redacção integrou figuras como Luís Sttau Monteiro, Alexandre O'Neill, Vasco Pulido Valente, Augusto Abelaira e José Cutileiro.

 Foi ainda cronista do Diário de Lisboa, da Gazeta Musical e de Todas as Artes e da Afinidades.

Em 1953, morre o seu irmão num acidente de aviação em cumprimento do serviço militar, quando o Harvard T6 em que treinava se incendiou em pleno voo acabando por cair e explodir. Dez anos mais tarde, Cardoso Pires dedica-lhe «in memoriam» o romance O Hóspede de Job como protesto contra a guerra fria e a colonização militares.

A 8 de Julho de 1954 casou com Maria Edite Pereira (5 de Janeiro de 1932), Enfermeira, da qual teve duas filhas, Ana Cardoso Pires (4 de Setembro de 1956), casada e mãe de uma filha Joana (7 de Novembro de 1982) e um filho Rui (13 de Março de 1985) Cardoso Pires Tavares, e Rita Cardoso Pires (22 de Novembro de 1958), solteira e sem geração.

Foi militante do Partido Comunista Português, do qual se desvincula após a Revolução de 25 de Abril de 1974.

Foi sepultado em 1998 no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Carreira literária

Unanimemente considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX, numa galeria onde podemos encontrar nomes como José Saramago ou António Lobo Antunes, a sua carreira literária está marcada pela inquietação e pela deambulação. Autor de dezoito livros, publicados entre 1949 e 1997, não se identifica com nenhum grupo, nem se fixa em nenhum género literário, apesar de ser considerado sobretudo como um romancista. A sua relação mais duradoura no campo literário deu-se com o movimento neo-realista português, até ao 25 de Abril de 1974, justificada com a oposição ao regime autoritário português. A inserção da sua obra no neo-realismo é, por essas razões, contraditória. Frequentou também os grupos surrealistas, no início da década de 1940. Foi influenciado pela estética de Hemingway, pela narrativa cinematográfica, o que resulta em discursos curtos e diálogos concisos.

O Delfim, de 1968, é geralmente considerado a sua obra-prima, em que o narrador assume uma condição de forasteiro, aparentemente descomprometido com uma realidade anacrónica. A Gafeira, aldeia inexistente do distrito de Leiria, simboliza o Portugal marcelista, com um crime no centro da história. Tendo sido recebido, até 1974, como romance neo-realista, tem despertado um interesse crescente como narrativa pós-modernista. Pode efetivamente ser lido como o primeiro romance português no qual confluem as principais linguagens estéticas norteadoras do futuro pós-modernismo português devido à mistura de géneros, à polifonia, à fragmentação narrativa e à metaficção.

Obras

Os Caminheiros e Outros Contos (Contos), 1949
Histórias de Amor (Contos), 1952
O Anjo Ancorado (Novela), 1958, com prefácio de Mário Dionísio
Cartilha do Marialva (Ensaio), 1960
O Render dos Heróis (Teatro), 1960
Jogos de Azar (Contos), 1963 ; 1993
O Hóspede de Job (Romance), 1963
O Delfim (Romance), 1968
Dinossauro Excelentíssimo (Sátira), 1972
E agora, José ? (Ensaio), 1977
O Burro em Pé (Contos), 1979
João Janito, o burro em pé, Moraes, 1979
Corpo-Delito na Sala de Espelhos, 1980
Balada da Praia dos Cães (Romance), 1982
Alexandra Alpha (Romance), 1987
A República dos Corvos (Contos), 1988
Cardoso Pires por Cardoso Pires (Crónicas), 1991
A Cavalo no Diabo (Crónicas), 1994
De Profundis, Valsa Lenta (Crónicas), 1997
Lisboa, Livro de Bordo (Crónicas), 1997
Lavagante, editado em 2008
Celeste & Làlinha — Por Cima de Toda a Folha (Ilustrações de Rita Cardoso Pires), 2015
Filmes
Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema:
A Rapariga dos Fósforos, realização de Luís Galvão Teles (1978)
Casino Oceano, realização de Lauro António (1983)
Ritual dos Pequenos Vampiros, realização de Eduardo Geada (1984)
Balada da Praia dos Cães, realização de José Fonseca e Costa (1987
O Delfim, realização de Fernando Lopes (2001)
Teatro
Algumas das suas obras foram também levadas à cena:
O Render dos Heróis (1960)
Corpo Delito na Sala de Espelhos
e ao Teatro Radiofónico, como "Uma simples flor nos teus cabelos claros" (EN) e "Balada da Praia dos Cães" (folhetim EN)
 
Prémios e homenagens
Prémios ao autor

Prémio União Latina de Literaturas Românicas, Roma, 1991
Astrolábio de Ouro do Prémio Internacional Ultimo Novecento, Pisa, 1992
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, 1994
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, 1997
Prémio Pessoa, 1997
Grande Prémio Vida Literária APE/CGD, 1998
Prémios às obras
Prémio Camilo Castelo Branco, pela Sociedade Portuguesa de Escritores, 1964 (O Hóspede de Job)
Grande Prémio de Romance e Novela, pela Associação Portuguesa de Escritores, 1982 (Balada da Praia dos Cães)
Prémio Especial da Associação dos Críticos do Brasil, São Paulo, 1988 (Alexandra Alpha)
Prémio D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus, 1997 (De Profundis, Valsa Lenta)
Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1997 (De Profundis, Valsa Lenta)

Condecorações

A 1 de Outubro de 1985 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade.
A 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

Na Livraria Alfarrabista Canto III, a tertúlia acontece


Como  o  jornalista  português  Belo Redondo  disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa  referência  inequívoca  da importância das  tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para  Portugal  de  Paris,  onde  surgiram  e se espalharam  pelo mundo,  associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como  pertencendo  à  tertúlia  A  ou B, numa  clara divisão  das  águas  entre  correntes  de  pensamento diferentes.

Historicamente em Portugal, o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro. José Gomes Ferreira, Egito Gonçalves, Rebordão Navarro, Eugénio de Andrade, ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto, os míticos cafés, Majestic, A Brasileira, o Guarany, Rialto, Palladium, Águia D' Ouro, Astória, Café D' Ouro (Café Piolho), eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos, homens do futebol. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham, nos seus cafés, tertúlias onde se discutia tanto a política nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.

Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos etc. Com o advento do Estado Novo, as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas, com o tempo, são cada vez mais espiadas pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). Um exemplo disto foi o Grupo do Café Gelo. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias.

Todavia, na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, no CANTO III - Livraria Alfarrabista a Tertúlia acontece.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Tratado de Dança

Título: Tratado de Dança
Contendo todas as danças de sala e respectivas musicas.
Autor: Ernesto Zenoglio (Professor de Dança)
Editor: Livraria Ferreira - Editora, ca
Ano: 192? 
Encadernação: Capa dura, cartonada, com lombada em tecido
Idioma: Português
Nº de Páginas: 216 páginas
Ilustrações: Profusamente ilustrado
Dimensões: In-8º - 15 cm x 22 cm 
Estado de conservação: Bom, muito estimado, miolo imaculado
Nota: Livro raro, de difícil aparição no mercado alfarrabista.

Preço:  37,00 € + portes de envio
Referência: 2509037

Sinopse: « Curioso tratado de dança provavelmente da primeira ou segunda década do século XX, com as músicas e figuras representando os dançantes e passos das respetivas danças.

«O Descobrimento» de Jerónimo Dias Leite - O original e as cópias

Título: «O Descobrimento» de Jerónimo Dias Leite
               O original e as cópias
Autor: Fernando de Aguiar
Editor: Imprensa da Universidade - Coimbra
Separatas: Separatas do Boletim Bibliográfico da Biblioteca da      Ano: 1950 - Lisboa
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 32 páginas
Dimensões: In-8º - 17 cm x 23 cm 
Estado de conservação: Bom

Preço:  20,00 € + portes de envio
Referência: 2509036

Sinopse:

As edições fac-similadas do Sr. J. Bensaude (Notas Bibliográficas)

Título: As edições fac-similadas do Sr. J. Bensaude
             (Notas Bibliográficas)
Autor: Luciano Pereira da Silva
Editor: Imprensa da Universidade - Coimbra
Separatas: Separatas do Boletim Bibliográfico da Biblioteca da                               Universidade de Coimbra
                   Volumes I, II e VI
Ano: 1920 - Coimbra
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 40 páginas
Dimensões: In-8º - 16,5 cm x 24,8 cm 
Estado de conservação: Bom, tem uma assinatura de posse na capa conforme mostra a fotografia

Preço:  15,00 € + portes de envio
Referência: 2509035

Sinopse:

Primeiro Leilão Olisiponense de livros, manuscritos, e plantas topográficas

Título: Primeiro Leilão Olisiponense de livros, manuscritos, e plantas topográficas
Organizaão do: Grupo «Amigos de Lisboa» 
Ano: 1943 - Lisboa
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 44 páginas
Dimensões: In-8º - 16,5 cm x 21,8 cm 
Estado de conservação: Bom

Preço:  12,00 € + portes de envio
Referência: 2509034

Sinopse: Primeiro Leilão Olisiponense de livros, manuscritos, e plantas topográficas, nos dias 13, 14 e 15 de Maio de 1943, na Rua Garret, 62 - 2º às 21.30 horas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Costa do Sol

Título: Costa do Sol
Autores: Câmara Reys
Editor: Edição do Autor
Edição: 1ª edição
Ano: 1958 - Lisboa
Ilustrações de: Carlos Botelho
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 16 páginas
Dimensões: In-8º - 15 cm x 23,5 cm 
Estado de conservação: Bom, exemplar estimado

Preço:  25,00 € + portes de envio
Referência: 2509033

Sinopse: À memória do Visconde de Lagoa

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Manual de Comportamento Organizacional e Gestão

Título: Manual de Comportamento Organizacional e Gestão
Autores: Miguel Pina e Cunha, Arménio Rego, Rita Campos e Cunha, Carlos Cabral Cardoso, Pedro Neves
Editor: RH Editora
Revisão: Caligrama
Capa: Felisberto Tavares
Edição: 8ª edição revista e atualizada
Ano: 2016
Ilustrações: Profusamente ilustrado
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 898 páginas
Dimensões: In-8º - 19,5 cm x 26,5 cm 
Estado de conservação: Bom, exemplar estimado

Preço:  27,00 € + portes de envio
Referência: 2509032

Sinopse: Revisto e atualizado, este manual integra os mais recentes desenvolvimentos no domínio do comportamento organizacional. É acompanhado de um Manual de Exercícios disponível para acesso no website da editora em: www.editorarh.pt. O tom pedagógico da obra, repleta de ilustrações e inúmeras caixas que permitem projetar diferentes olhares sobre o tema em análise, torna-a uma excelente fonte de apoio à lecionação de disciplinas relacionadas com o comportamento organizacional e a gestão de pessoas. Os profissionais da gestão de pessoas, e da gestão em geral, podem aqui encontrar inúmeras orientações com a devida fundamentação. Entre os temas tratados estão as emoções e a inteligência emocional, a motivação, a liderança, a comunicação, o conflito, a mudança, a tomada de decisão, a aprendizagem e inovação, a cultura e o poder. Temas mais recentes como o capital psicológico, a segurança psicológica, a inteligência cultural e a liderança autêntica também são explorados.

Marketing Estratégico

Título:
Marketing Estratégico
Autora: Jean-Jacques Lambin
Editor: McGraw-Hill
Revisão Técnica e Prefácio: Domingos A. B. da Silva (Professor Auxiliar Convidado da Universidade Portucalense Infante D. Henrique)
Tradução: Maria Rita Isòo Szolnoky de Noronha e Azeredo
Edição: 4ª edição
Ano: 
Ilustrações: Profusamente ilustrado
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 756 páginas
Dimensões: In-8º - 19,5 cm x 25 cm 
Estado de conservação: Bom, exemplar estimado

Preço:  20,00 € + portes de envio
Referência: 2509031

Sinopse: As mudanças ocorridas nos últimos  anos ao nível do  ambiente socioeconómico internacional, em particular na Europa, fizeram com que as empresas sofressem uma adaptação em função das novas necessidades. Desta forma o conceito de orientação para o mercado vem substituir o conceito tradicional do marketing, até agora considerado como uma função na empresa, responsável pela análise dos mercados (o marketing estratégico) e de acção nos mercados (o marketing operacional). A orientação para o mercado é demasiado importante para estar confinada a todos os níveis e através de todas as funções da empresa. Esta é a mensagem que a presente edição pretende transmitir nos primeiros capítulos, sendo o restante texto referente às implicações desta nova orientação na gestão.

domingo, 14 de setembro de 2025

Os Super-Homens

Título: Os Super-Homens
             Romance
Autora: Bessa-Luís
Editor: Livraria Portugália / Porto
Edição: Primeira edição
Ano: 1950 
Ilustrações: Capa da brochura com uma ilustração de Alberto Luís
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 290-II páginas
Dimensões: In-8º - 16 cm x 21,3 cm 
Estado de conservação: Bom, exemplar muito estimado

Preço:  350,00 € + portes de envio
Referência: 2509030

Sinopse: Os «Super-Homens» é o segundo livro de Agustina-Bessa-Luís.

Livro muito raro, valioso e de muito difícil aparição no mercado alfarrabista, não tendo tido até aos dias de hoje nenhuma reedição.

Este livro deu origem à conhecida polémica entre a autora e Jaime Brasil.

«Jaime Brasil criticou implacavelmente o seu segundo romance - que comparado com obras primas seguintes era relativamente fraco e ela reconheceu-o, mas a questão é que o crítico, que era consagrado, não o censurou por isso mas por aquilo que considerava ser a imoralidade e indecência do romance. É verdade que o livro contém cenas de sexo, o que é atípico na ficção de Agustina, mas o crítico chegou ao ponto de afirmar que uma senhora nunca escreveria aquilo e até comparou em modos muito violentos a autora a uma cabra com cio. Usando uma linguagem sexista que hoje seria qualificada como de assédio, enquanto a uma mulher nos anos 50 era complicado responder a um ataque deste tipo.»

Personalidade peculiar e indecifrável, Agustina foi elevada pelos seus pares ao estatuto de “génio” e de “deusa”. Nunca teve dúvidas do seu talento, mas também enfrentou a crítica, sobretudo no início. 

"O seu lugar de eleição para trabalhar era uma poltrona, com uma mesa redonda ao lado para pousar livros e jornais, numa sala de sua casa que dava para um pátio, que por sua vez tinha vista para o Douro. Enquanto passava os pensamentos para o papel – como recordou a filha, Mónica Baldaque, na sessão de apresentação de Ensaios e Artigos (1951-2007) na Fundação Calouste Gulbenkian – sustinha a respiração, como se até um pequeno sopro pudesse perturbar o resultado."

«Agustina Bessa-Luís escrevia sempre à mão, numa caligrafia miudinha e apertada, com uma caneta de tinta azul. As palavras sucediam-se sem desvios e sem hesitações, preenchendo o espaço da folha branca de forma regular, como se tivessem por baixo linhas invisíveis para as orientar.»

«Depois era o marido, Alberto Luís, quem batia os textos à máquina, corrigindo aqui ou ali alguma incongruência. “Quando o manuscrito era passado à máquina os dois tinham grandes conversas, porque sendo o meu avô uma pessoa do Direito poderia haver uma ou outra coisa que não lhe fazia sentido na história, e aí havia grandes discussões”, recordou a neta da escritora, Lourença Baldaque, numa entrevista ao SOL em 2017. “Às vezes a minha avó cortava a discussão e não queria saber».

«Agustina e Alberto Luís formavam um “casal intelectual”, que partilhava a paixão pelos livros, pelas conversas e pela troca de ideias. Mesmo para alguém com um feitio peculiar, não deixa de ser surpreendente a forma como Agustina conheceu o marido. Ela colocou um anúncio n’O Primeiro de Janeiro: “Jovem instruída procura correspondência com pessoa inteligente e culta”. Ele respondeu ao chamamento e assim iniciaram uma relação que resultou em casamento, em 1945, e que durou até ao fim da vida de Alberto, em 2017, aos 94 anos.»



Alexandre Herculano Esboço de Crítica

Título: Alexandre Herculano
             Esboço de Crítica
Autor: Ginestal Machado
Editor: Typografia do "Correio da Extremadura" Santarém
Edição: 1ª edição
Ano: 1910 - Santarém
Encadernação: Brochado
Idioma: Português
Nº de Páginas: 28 páginas
Dimensões: In-8º - 16 cm x 21,3 cm 
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:  20,00 € + portes de envio
Referência: 2509029

Sinopse: