Dimensões: In 8ºNº de páginas: 418 págs.
Encadernação: BrochuraIdioma: Português
Estado de conservação: BomPreço: 20,00 €
Referência: 2511010
Sinopse:
"O mais inclassificável dos livros, «Assim Falou Zaratustra»,
agora em nova tradução de António Sousa Ribeiro, é um dos expoentes do génio
humano. Algures entre o tratado filosófico, o poema, o texto sagrado e a
tragédia, este é um livro sem par na história da literatura e da filosofia.
Sobre ele, a filósofa Sofia Miguens escreveu: «Falando através da voz de
Zaratustra, Friedrich Nietzsche clama: Acordem, ó homens! Acordem para aquilo
que eu, o porta-voz da vida, o porta-voz do sofrimento, vos digo! E o que Nietzsche
vem dizer é que a realidade não é racionalidade, mas vontade de poder, que os
homens sofrem com a vontade de criação, mas que essa vontade pode chegar a
querer-se a si mesma, pode chegar a querer o Eterno Retorno, pode chegar a
querer exactamente aquilo que é. Esse pensamento do Eterno Retorno só poderá,
no entanto, ser pensado pelo Übermensch, o super-homem, aquele que superou o
homem porque sobreviveu à Morte de Deus, i.e., à constatação da ausência de
qualquer finalidade moral para o Universo e para a vida. O super-homem
sobreviveu à Morte de Deus e sobreviveu também ao niilismo passivo, à vontade
de nada como vontade de extinção. O seu niilismo tornou-se um niilismo activo,
diferente do desejo schopenhaueriano de dissolução e de morte, vistas como a
única cura para a individuação. E assim, na imagética de Assim Fal[ou]
Zaratustra, o espírito, na sua vida sobre a terra, deixou de ser o camelo, que
carrega, deixou de ser o leão, que reage violentamente e quebra amarras, e
passou a ser a criança – a leveza da existência e o "Sim" à vida.»"
Do autor: "Friedrich Nietzsche (1844–1900), filho de pastores alemães
protestantes, teve como guias espirituais Schopenhauer e Wagner, que depois
rejeitou veementemente. Com uma vida atribulada, que terminará na loucura, e
cheia de encontros e desencontros (com Wagner, Lou Andreas-Salomé, etc.),
Nietzsche será o mais feroz crítico da moral cristã, da metafísica tradicional
- que considera o ser como algo fixo e imutável - , e das ciências positivas e
mecanicistas. Depois de ter sido visto como um filósofo pré-nazi, na sequência
das suas concepções de vontade de poder e de super-homem, Nietzsche tornar-se-á
um dos filósofos da juventude em revolta no final dos anos 1960, que a ele foi
buscar o niilismo, a afirmação da individualidade e a crítica ao progresso
cego. As suas reflexões caracterizam-se por uma violenta crítica aos valores da
cultura ocidental."