Uma das vozes renovadoras da literatura portuguesa desde a
década de 1960, Maria Velho da Costa é autora de conto, teatro, mas sobretudo
do romance como obras como "Maina Mendes" (1969), "Casas
Pardas" (1977) e "Myra" (2008).
Maria Velho da Costa foi ainda uma das co-autoras, juntamente
com Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, de "Novas Cartas
Portuguesas" (1972), uma obra literária que denunciava a repressão e a
censura do regime do Estado Novo, que exaltava a condição feminina e a
liberdade de valores para as mulheres, e que valeu às três autoras um processo
judicial, suspenso depois da revolução de 25 de Abril de 1974.
"Sabe, durante muitos anos mantive um diário. Não que o tenha
estudado ou pensado muito, mas uma coisa de que estou convencida é que ao
registar por escrito os dias, é como se a memória se desobrigasse."
Maria Velho da Costa