domingo, 31 de janeiro de 2021

A 1 de fevereiro de 1908, o rei português D. Carlos I e o príncipe herdeiro Luís Filipe são assassinados

 A 1 de fevereiro de 1908, o rei português D. Carlos I e o príncipe herdeiro Luís Filipe são assassinados quando a sua carruagem passa pelo Terreiro do Paço, em Lisboa.
O regicídio foi levado a cabo por dois membros da Carbonária, organização revolucionária republicana.
Num artigo inserido na primeira página do Diário Illustrado do dia seguinte, pode ler-se:
«Não se torna necessário considerar nas suas origens e determinantes o espantoso crime de ontem, para o qualificar como um dos mais hediondos e infames atentados, de que reza a história de todos os povos!».
E, mais adiante, sobre D. Manuel II, irmão do príncipe herdeiro, que viria a ser o futuro rei de Portugal, o articulista do supracitado artigo conclui:
«Sua majestade El-Rei o Senhor D. Manuel II, cuja proclamação hoje será publicada em decreto no Diário do Governo, tem em volta do seu trono, neste instante soleníssimo, a dedicação, o amor e o apoio decidido de todos os portugueses dignos de tal nome!».
Fonte: Diário Illustrado n.º 12453, de 02-02-1908, 38.º ano de publicação, p. 1
Inserção Histórica
O movimento republicano não iria permitir que o novo rei estivesse no poder muito tempo, por, na sua opinião, o governo da coroa, entre outros fatores de caráter social, não ter defendido os interesses de Portugal perante os britânicos que consideravam sua a região entre Angola e Moçambique, apresentada como portuguesa no célebre mapa-cor-de-rosa.
A 5 de outubro de 1910, com a Implantação da República em Portugal, D. Manuel II é deposto, sendo obrigado a exilar-se nos arredores de Londres, onde viria a falecer, inesperadamente, a 2 de julho de 1932.
A 5 de julho desse mesmo ano, Salazar seria nomeado Chefe do Governo e um novo ciclo histórico se iniciaria, pondo em relevo, no ensino escolar, o papel desempenhado na História de Portugal por alguns monarcas portugueses e seus familiares.