domingo, 9 de julho de 2023

Bairro Alto

Titulo: Bairro Alto
             Romance de Costumes Populares
Autor: Avelino de Sousa
Editor: Livraria Popular de Francisco Franco
Edição: 1ª edição
Ano: 1944
Nº de páginas: 294 páginas
Dimensões: 12 cm x 19 cm 
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Manuseado, lombada com dano na parte superior. pequeno rasgo na capa junto ao nome do autor como mostra a fotografia. Miolo bom, completamente limpo 

Preço:    27,00 €
Referência: 2307002

Sinopse: Avelino Ferreira de Sousa foi poeta e autor teatral, grande defensor do Fado, o que o levou a publicar, em 1912, o livro O Fado e os Seus  Censores. Constituído  por onze artigos seus  coligidos do jornal  A Voz do Operário,  era  uma  resposta  às  polémicas  acusações que o escritor  Albino Forjaz de Sampaio e o Dr. Samuel Maia vinham fazendo ao género. Se a vasta obra fadística de Avelino de Sousa foi valiosa, não é menos importante o que dedicou ao Teatro.

Publicou dez livros em que aborda os temas do Fado e do Teatro. Escreveu, ainda, quatro romances e mais de meia centena de peças, entre as quais se destacam as operetas Bairro Alto, levada à cena no Teatro São Luiz, no dia 21 de Abril de 1927, e História do Fado, esta em colaboração com Álvaro Santos, estreada no Teatro Maria Vitória, no dia 12 de Maio de 1931, na qual intervieram os fadistas Alberto Costa, Maria Alice e Filipe Pinto, entre outros.

Talvez o mais antigo autor a quem se deve um verdadeiro êxito discográfico e radiofónico seja Avelino de Sousa. A sua Perseguição, na voz de Maria Alice, conquistou o país inteiro e o Brasil, onde Amália, nas suas primeiras gravações, foi praticamente obrigada a incluir a peça. Mas a diva não engraçava com o tema, especialmente a última sextilha. Consta, com alguma verosimilhança ainda não comprovada, que terá sido Pedro Teotónio Pereira, ao tempo Embaixador do Brasil, quem convenceu Amália a gravar, propondo uma sextilha que compôs para substituir a execrada pela artista. Assim ficou gravada a peça.

O estilo de Avelino, conquanto ágil, enferma do recurso a palavras eruditas com que se pretendia dignificar o Fado e demonstrar conhecimentos de Português, em atropelo da simplicidade que deve presidir.

Foi colaborador de diversas publicações periódicas, muito especialmente da Guitarra de Portugal. Avelino de Sousa, que começara por ter a profissão de compositor tipográfico o jornal A Voz do Operário, era, à data da sua morte, primeiro conservador da Torre do Tombo.