Autor: Avelino de Sousa
Editor: Livraria Popular de Francisco Franco
Edição: 1ª edição
Nº de páginas: 294 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Manuseado, lombada com dano na parte superior. pequeno rasgo na capa junto ao nome do autor como mostra a fotografia. Miolo bom, completamente limpo
Preço: 27,00 €
Referência: 2307002
Sinopse: Avelino Ferreira de Sousa foi poeta e autor teatral, grande defensor do Fado, o que o levou a publicar, em 1912, o livro O Fado e os Seus Censores. Constituído por onze artigos seus coligidos do jornal A Voz do Operário, era uma resposta às polémicas acusações que o escritor Albino Forjaz de Sampaio e o Dr. Samuel Maia vinham fazendo ao género. Se a vasta obra fadística de Avelino de Sousa foi valiosa, não é menos importante o que dedicou ao Teatro.
Publicou dez livros em que aborda os temas do Fado e do
Teatro. Escreveu, ainda, quatro romances e mais de meia centena de peças, entre
as quais se destacam as operetas Bairro Alto, levada à cena no Teatro São Luiz,
no dia 21 de Abril de 1927, e História do Fado, esta em colaboração com Álvaro
Santos, estreada no Teatro Maria Vitória, no dia 12 de Maio de 1931, na qual
intervieram os fadistas Alberto Costa, Maria Alice e Filipe Pinto, entre
outros.
Talvez o mais antigo autor a quem se deve um verdadeiro
êxito discográfico e radiofónico seja Avelino de Sousa. A sua Perseguição, na
voz de Maria Alice, conquistou o país inteiro e o Brasil, onde Amália, nas suas
primeiras gravações, foi praticamente obrigada a incluir a peça. Mas a diva não
engraçava com o tema, especialmente a última sextilha. Consta, com alguma
verosimilhança ainda não comprovada, que terá sido Pedro Teotónio Pereira, ao
tempo Embaixador do Brasil, quem convenceu Amália a gravar, propondo uma
sextilha que compôs para substituir a execrada pela artista. Assim ficou
gravada a peça.
O estilo de Avelino, conquanto ágil, enferma do recurso a
palavras eruditas com que se pretendia dignificar o Fado e demonstrar
conhecimentos de Português, em atropelo da simplicidade que deve presidir.