domingo, 14 de julho de 2024

Caneca Robô

Caneca antiga em cerâmica  para cerveja
Robô
Peça bela e invulgar

Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Estado de conservação: Como nova

Preço:     Sob consulta
Referência:  2407003

Etimologia e história do termo Robô: O termo robô foi usado pela primeira vez pelo checo Karel Capek (1890-1938) na peça de teatro intitulada R.U.R. (Rossum's Universal Robots, cujo livro foi lançado no Brasil pela editora Hedra com o título A Fábrica de Robôs),[4] estreada em janeiro de 1921 em Praga. Inicialmente Capek estava decidido a chamar as criaturas autómatas da sua peça de labori, em clara referência ao latim labor, "trabalho", mas acatou a sugestão de seu irmão, Josef Čapek (1887-1945) o verdadeiro criador da palavra e os chamou de roboti (plural). A palavra robô, derivada de robot/roboti (singular/plural) tem como raiz a palavra checa robota, a qual significa "trabalho forçado, servidão" e tem como uma de suas derivações a palavra rabu, que significa "escravo". Os "robôs" de R.U.R. eram fabricados com matéria orgânica sintética sendo, portanto, mais próximos dos replicantes e dos clones humanos.

Obras de Carel Kapek: "A Guerra das Salamandras é um clássico da ficção científica publicado em 1936 pelo escritor checo Karel Capek. Há quem compare o livro com outras distopias como 1984 de George Orwell ou Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. A mim lembra-me também A Metamorfose de Kafka, um coevo e conterrâneo de Capek. A Metaformose narra a inexplicada transformação de um homem num insecto. A Guerra das Salamandras narra, partindo da teoria da evolução de Darwin, a transformação de salamandras inteligentes, descobertas numa ilha remota, na espécie dominadora do mundo, que às tantas se vê na «necessidade vital» de dominar a humanidade. 

Os paralelismos entre o «salamandrismo» e o nazismo são mais do que muitos e quando, em 1939, os nazis invadiram Praga procuraram Capek para prendê-lo. Tinha morrido no ano anterior. 

Karel Capek não é só um escritor dotado de imaginação, sentido crítico e uma cultura científica suficiente para dar consistência à «suspensão da descrença» que a sua narrativa exige. É também um escritor criativo, do ponto de vista formal, qualidade que não costuma abundar entre os escritores de ficção científica. Mesmo grandes escritores deste género e expoentes da literatura mundial, como H.G. Wells ou George Orwell, são muito convencionais nos seus processos literários. Capek reflete alguns dos experimentalismos formais e das teorias literárias do seu tempo e de tempos mais recentes, usando recursos estilísticos associados à literatura pós-moderna. Coloca a ficção ao serviço da reflexão e vice-versa. Eu li-o como um brilhante predecessor de Milan Kundera. Multiplica os pontos de vista narrativos, coloca o narrador a discutir com o escritor no capítulo final, comenta e acrescenta a sua própria narrativa com ficções em notas de rodapé, usa diferentes tipos tipográficos, integra imagens no texto. 

A Guerra das Salamandras leva-nos a refletir tanto sobre a condição humana como sobre a própria literatura, o que é uma definição possível de um grande romance."