sábado, 23 de dezembro de 2023

Duplo Passeio

Título: Duplo Passeio
Autor: Teixeira de Pascoaes
Editor: Tipografia Civilização - Porto 
Edição: 1ª edição
Coleção: Documentos literários
Ano: 1942
Começou a imprimir: 2 de dezembro de 1941
Dimensões:  12 cm x 18 cm
Nº de páginas:  248 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom

Preço:   30,00 € (falta folha de rosto)
Referência: 2312033

Sinopse: Teixeira de Pascoaes é o nome literário de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, filho de João Pereira Teixeira de Vasconcelos, agricultor abastado e deputado às Cortes, por Amarante, e de Carlota Guedes Monteiro. O pai era considerado homem de notável cultura e inteligência e um brilhante conversador, tendo tido profunda influência na orientação intelectual e espiritual do futuro poeta. Dos vários irmãos, um deles, João, de espírito irrequieto, viveu em África durante um longo período, tendo escrito as suas Memórias Dum Caçador de Elefantes.

Pascoaes era de fibra diferente: «cabisbaixo, sisudo, com uns olhos tristes e espantados», nas suas próprias palavras, ficou-se pelas regiões do Marão, numa vida solitária, intensamente sintonizado com a Natureza. Assim descreverá o universo da sua infância: «um pobre campanário de pedra, cercado de três casebres e oliveiras, com um sino sentimental que chora todas as tardes e por todos os que morrem». Espécie de «silenciosa atalaia planetária», na expressiva fórmula de Sant'Anna Dionísio, Pascoaes fez o curso oficial no Liceu Nacional de Amarante, tendo partido para Coimbra em 1896, com 18 anos, para se matricular no curso de Direito, de que concluiu o bacharelato em 1901. Ainda antes da partida para Coimbra, publicara, no Porto, Embriões (1895). Durante o período de estudante dá à luz Bello (1ª parte), 1896, Bello (2ª parte), 1897, Sempre, 1898, e Terra Proibida, 1899, prenunciando estes dois últimos livros, como observará Jacinto do Prado Coelho, «o sonambulismo, o poder de colocar-se no centro subjectivo da vida e de não sair dele, o alheamento dos outros homens, a imaginação do abstracto, o sentimento religioso das coisas, que tornariam inconfundível a sua poesia».

A vida coimbrã nada teve, no caso de Pascoaes, da protocolar estúrdia seguida pelos estudantes de então e de hoje, confinando-se o futuro autor de Elegia do Amor ao seu quarto, aos seus livros, aos seus papéis e às suas ruminações de homem que «não fora feito para este mundo», (Jacinto do Prado Coelho). «O seu coração», observa ainda Prado Coelho, «apenas devia palpitar pela virgem que nunca existiu e de que tem saudades, vaga aspiração de azul e de inocência. O verdadeiro amor de Pascoaes dirigia-se à natureza, ao silêncio, ao mistério, aos fantasmas. O mundo fantástico era o seu mundo». Em 1901 começa a exercer advocacia, em Amarante, abrindo escritório no Porto, em 1906. Em 1911 é nomeado juiz substituto em Amarante, cargo que exerce durante dois anos, dando por finda, em 1913, a sua carreira judicial. Sobre esta sua experiência jurídica de dez anos e sobre o conflito omnipresente entre o poeta e o causídico, dirá mais tarde Pascoaes: «Entre o poeta natural e o bacharel à força, ia começar um duelo que durou dez anos, tanto como o cerco de Tróia e a formatura do João de Deus».

Entre 1912 e 1916 dirige a revista A Águia, porta-voz do movimento Renascença Portuguesa, na qual o poeta divulga a sua filosofia do saudosismo, a partir da qual pretende inculcar a saudade como «expressão superior da alma portuguesa», nas suas duas vertentes de lembrança e desejo.

A sua vida, a partir desta data, pouco tem do relatável: chumbado ao Marão, «naquele cenário de aspectos roncos, alheio à comédia quotidiana da Terra dos homens meio anjos, meio demónios», (José Gomes Ferreira), postado face à grandiosidade às vezes lunar da paisagem e «perto dos deuses iniciais» (idem), Pascoaes dá-se todo à sua vida de iluminado interior, ao seu «verbo do princípio do mundo» (idem), ao seu espanto religioso, esquecido do mundo que o rodeia, alheio quase sempre ao seu tempo, prosseguindo um discurso poético hostil às mais depuradas conquistas modernas, como quem despreza – por isso, é desprezado – as guerrilhas e intrigas mais ou menos mundanas da nossa feira literária. «Teixeira de Pascoaes», dirá o seu «irmão» mais novo, Miguel Torga, «é o trágico aedo existencial da nossa condição de exilados da realidade, de encobertos no descoberto, de perseguidores de imagens».

Desconfiado e mesmo hostil relativamente a Pessoa, que considerava pouco ou nada poeta, este último retribuiu-lhe, acusando-o de sofrer de pouca arte e prestando-lhe apenas «uma correcta deferência fria como a veneração que é devida aos grandes deuses mortos» (Jorge de Sena). De algum modo impregnado pelas vozes poéticas e díspares de Junqueiro e de António Nobre (que considerava, ironizando, a nossa maior poetisa...), Pascoaes difere deles, afinal, por construir, como observa Prado Coelho, «frases mais amplas, mais repousadas, ao sabor clássico» e por ser «quase sempre simples e directo, moderado nas metáforas, parece[ndo] anterior aos simbolistas pela claridade e pureza das formas». Voz de profeta bíblico, sem ascendência clara («Mal acabei de lê-lo, senti que nascia um deus novo não sei onde», confessa José Gomes Ferreira), presença lunar e fantasmática, percurso de uma monotonia intensa e dolorosa – a poesia de Pascoaes é, observa Domingos Monteiro, «a mais bela tentativa de expressão do inexprimível que nos últimos dois séculos se realizou em Portugal».

Eleito, em 1923, para a Academia das Ciências de Lisboa e homenageado, em 1951, pela Academia de Coimbra, traduzido para várias línguas e elogiado pelos seus pares mais insígnes, Pascoaes é, paradoxalmente, um poeta não tão lido em Portugal, como devia ser: mas o seu nome e a sua obra gozam, junto de uma qualificada minoria (minoria em relação a Pessoa, por exemplo), de enorme e sólido prestigío e os seus livros, esgotada a edição crítica de Jacinto do Prado Coelho, estão a ser condignamente reeditados por uma empresa de gente nova.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

No Canto III, a tertúlia acontece

"Como o jornalista português Belo Redondo disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa referência inequívoca da importância das tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para Portugal de Paris, onde surgiram e se espalharam pelo mundo, associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como pertencendo à tertúlia A ou B, numa clara divisão das águas entre correntes de pensamento diferentes.

Historicamente em Portugal, o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto, o Majestic, A Brasileira e o Guarany, eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham, nos seus cafés, tertúlias onde se discutia tanto a política nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.

Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos etc. Com o advento do Estado Novo, as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas, com o tempo, são cada vez mais espiadas pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). Um exemplo disto foi o Grupo do Café Gelo. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias."

Todavia, na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, no CANTO III - Livraria Alfarrabista a Tertúlia acontece.

domingo, 17 de dezembro de 2023

Estética Presencista (Ensaios Doutrinais)

Título: Estética Presencista
             Ensaios Doutrinais
Ilustrações de: Ilustrado com dois desenhos de Júlio
Editor: Edições Presença 
Edição: 1ª edição
Coleção: Documentos literários
Ano: Sem data
Tiragem: Edição privada de apenas 300 exemplares
Dimensões:  In.8º
Nº de páginas:  32 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom exemplar

Preço:   65,00 €
Referência: 2312032

Sinopse: São diversos os assuntos sobre o modernismo. Ver o preâmbulo.




O Canto III deseja a todos os seus Clientes e Amigos um Santo Natal


É Natal

É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem tem assim o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.

Eugénio de Andrade, in Rente ao Dizer

A Flauta Mágica

Título: A Flauta Mágica
Ilustração e texto: Maria José Martini
Editor: Lello & Irmão . Editores - Porto
Edição: 
Ano: 1966
Coleção: Colecção Lello para a Criançada
Dimensões:  20 cm x 24,5 cm
Nº de páginas:  36 páginas
Encadernação: Capa dura editorial
Estado de conservação: Bom exemplar, ligeiro dano na capa na parte inferior direita como visível na fotografia

Preço:    20,00 €
Referência: 2312031

Sinopse: 

Patinho Valentão

Título: Patinho Valentão
Ilustração e texto: Maria José Martini
Editor: Lello & Irmão . Editores - Porto
Edição: 
Ano: 1966
Coleção: Colecção Lello para a Criançada
Dimensões:  20 cm x 24,5 cm
Nº de páginas:  34 páginas
Encadernação: Capa dura editorial
Estado de conservação: Bom exemplar, sinais de uso

Preço:    17,50 €
Referência: 2312030

Sinopse: 

sábado, 16 de dezembro de 2023

No Tempo em que Tudo Falava (Contos Portugueses e Brasileiros)

Emília de Sousa Costa
Título: No Tempo em que Tudo Falava
             (Contos Portugueses e Brasileiros)
Autor: Emília de Sousa Costa
Ilustrações de: Rocha Vieira
Editor: Empresa Diário de Notícias - Lisboa
Edição: 2ª edição
Ano: 
Coleção:
Dimensões:  12,8 cm x 18,5 cm
Nº de páginas:  80 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, sinais de uso, lombada danificada, tem uma assinatura de posse

Preço:    37,50 €
Referência: 2312029

Sinopse: Livro de muito difícil aparição no mercado alfarrabista, raro.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Farrusco no Pólo Norte

Título: Farrusco no Pólo Norte
Autor: Gabriel Ferrão
Editor: Editorial Infantil "Majora"
Edição: 1ª edição
Ano: 
Coleção: Colecção Coelhinho Branco
Dimensões:  12 cm x 17,5 cm
Nº de páginas:  40 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom estado de conservação, sinais de uso

Preço:    10,00 €
Referência: 2312028

Sinopse: 

As Manhas da Raposinha

Título: As Manhas da Raposinha
Adaptação do tradicional por: Gabriel Ferrão
Editor: Editorial Infantil "Majora"
Edição: 1ª edição
Ano: 
Coleção: Colecção Coelhinho Branco
Dimensões:  12 cm x 17,5 cm
Nº de páginas:  
40 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom estado de conservação, sinais de uso

Preço:    10,00 €
Referência: 2312027

Sinopse: 

Juca Finório na Terra dos Tolos

Título: Juca Finório na Terra dos Tolos
Texto e desenhos de: Gabriel Ferrão
Editor: Editorial Infantil Majora
Edição: 1ª edição
Ano: 
Coleção: Contos para as crianças
Dimensões:  16,5 cm x 24 cm
Nº de páginas:  16 páginas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom estado, manuseado, com sinais do tempo

Preço:    10,00 €
Referência: 2312026

Sinopse: 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

O Canto III deseja a todos os Clientes e Amigos, boas festas


 

Contos da Belilinha

Título: Contos da Belilinha
Autor: Emília de Sousa Costa
Editor: Livraria Civilização - Porto
Edição: 1ª edição
Ano: 
Coleção: Contos para as crianças
Dimensões:  15,5 cm x 20 cm
Nº de páginas:  154 páginas
Ilustrações: Guida Ottolini
Encadernação: Encadernação editorial, capa dura, cartonada
Estado de conservação: Bom estado de conservação, sinais de uso
Preço:    15,00 €
Referência: 2312025

Sinopse: 

Toni - Episódios Infantis

Título: Toni
Autor: Romeu Pimenta
Editor: Livraria Figueirinhas - Porto
Edição: 4ª edição
Ano: 1961
Coleção: Contos para as crianças
Dimensões:  15,5 cm x 20 cm
Nº de páginas:  103 páginas
Ilustrações: Sobrecapa de Fernando Bento
Encadernação: Encadernação editorial, capa dura, cartonada com sobrecapa e badanas
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:    18,00 €
Referência: 2312024

Sinopse: Obra infanto-juvenil aconselhada pelo Estado-Novo e pelo Império Colonial


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A Lâmpada de Aladino e Outros Contos

Título: A Lâmpada de Aladino e Outros Contos
Edição: 1ª edição
Ano: 1953
Dimensões:  15,5 cm x 20 cm
Nº de páginas:  112 páginas
Ilustrações: Sobrecapa de Fernando Bento e do interior Alfredo Moraes
Capa: Capa dura, cartonada com sobrecapa
Estado de conservação: Bom estado de conservação, sobrecapa com sinais de uso

Preço:    20,00 €
Referência: 2312023

Sinopse: Contém três contos: A Lâmpada de Aladino, O Dragão e Noz-de-Coco.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Advogados e Juízes na Literatura e na Sabedoria Popular

Título: Advogados e Juízes na Literatura e na Sabedoria Popular
Prefácio: Alberto Sousa Lamy
Editor: Ordem dos Advogados
Edição: 1ª edição
Ano: 2001 (Abril)
Dimensões:  16,5 cm x 24,8 cm
Nº de páginas:  1296 páginas distribuídas pelos 3 volumes
Capa: Dura, cartonada com sobrecapa e badanas
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:    45,00 €    (Três volumes)
Referência: 2312022

Sinopse: "Advogados e Juizes na Literatura e na Sabedoria Popular é um estudo e compilação das citações literárias encomiásticas e cáusticas, da poesia, fábula, romance, novela, conto e teatro, desde As Vespas (422 a.C), de ARISTÓFANES, à actualidade, referentes aos Advogados e à Advocacia, aos Juizes e à Justiça, ao Ministério Público, ao Juiz de Instrução, ao Júri.
Compreende, além de recordações e anedotas da vida judicial, adágios, aforismos, apotegmas, axiomas, considerações humanísticas, definições mordazes, ditos curiosos, espirituais e históricos, epigramas, frases célebres e populares, locuções, máximas, pensamentos, provérbios, paradoxos, reflexões, sarcasmos, sentenças, textos e vocábulos.
Relacionam-se os Advogados e Juizes escritores, as obras literárias mais conhecidas sobre a Advocacia, a Justiça e o Ministério Público, e os Personagens (Advogados, Juizes e Ministério Público) célebres da História da Literatura."
 
Prefácio: "Em data que a memória fugidia não ajuda a confirmar, porventura em meses finais de mandato de Bastonário, o Alberto Sousa Lamy honrou-me com o convite para prefaciar a sua obra «Advogados e Juizes na Literatura e na Sabedoria Popular».
Assumi o compromisso com temeridade.
O tempo, viscoso, decorreu e a voragem de um interregno na minha vida de Advogado, fazia emergir quantas vezes em noites mal dormidas o sentimento de culpa por tardar no cumprimento da obrigação.
Prefaciar é uma arte difícil, e a obra de Alberto Sousa Lamy é surpreendente e cheia de ineditismo.
Não tem género; não é uma enciclopédia, mas contém saber enciclopédico; não é memória de aforismos, mas reproduz sabedoria popular; não é crítica literária mas é saber literário; e referência a tragédia, a drama e a comédia; é retrato de grandeza humana e o oposto também, história geral da infâmia, com matriz de conto de Jorge Luís Borges.
Contém os traços e os indícios de percursos de Biblioteca, mas também da vida dos homens.
Permite-nos antever o autor, bibliófilo, anotador, viageiro, observador curioso, quantas vezes céptico e irónico, para com a profissão e o teatro judiciário que abraçou, que abraçamos, como destino das nossas vidas.
Advogados, manobradores da escrita e da fala, como navalhas em arte de finta.
Juizes como senhores do mais absoluto dos poderes: o de decidir o destino individual daqueles que por má-sorte ou culpa têm lugar no banco dos acusados.
Na obra de Sousa Lamy transparece, como pano de fundo, o volteio de Valores, que anima todos aqueles que carregam como pedra de Sísifo, a ânsia pela construção de Justiça e a busca da Verdade.
Mas revela também a cesta dos vícios, da ganância, da negligência, da violência, da falcatrua e da mentira, que nos transporta aos diversos patamares do Inferno de Dante.
A obra de Sousa Lamy lembrou-me um dos mais sábios responsos, que na minha infância ouvi a velho mestre de pesca às trutas, nas serranias da Peneda: «Menino, Deus Nosso Senhor nos livre das becas dos magistrados, das togas dos advogados e das correias militares!».
Que sabemos hoje mais para além deste dito?
Que ele revela sentimento atávico de desconfiança e temor que os simples carregam, quando os acasos da vida forçam a sofrer os constrangimentos impostos pêlos mais fortes, ou os poderes do Estado impõem servidões e sofrimento.
Que sabemos nós acerca da infelicidade que usualmente percorre o teatro judiciário?
Que estamos no nosso labirinto, que os filhos dos nossos filhos continuarão a percorrer, tentando construir memórias de exemplos e de talentos numa obra que não tem fim e que continuarão a escrever. Sem sermos capazes de responder bem à única pergunta que verdadeiramente importa, formulada por Pilatos no Pretório de Jerusalém. Nós que crucificamos todos os dias o «Filho do Homem» a quem não é encontrada qualquer culpa.
A obra de Alberto de Sousa Lamy é em suma, um repertório de testemunhos de tragédias e dramas da Vida Humana, e da pretensão a podermos ajuizar sobre ela.
Ficaram as marcas dessa pretensão, deixadas por alguns mais ilustres, e de maior talento, que por ditos e por feitos, deles quisemos fazer exemplos.
Mas é também referência ao doce sabor do riso e ao dito de espírito, que irmana no contentamento a convivência humana e que compensa a amargura da existência.
Quantas vezes o humor ajuda a construir a Justiça!
São esses exemplos que o tombo de Sousa Lamy nos traz, e que servirá porventura de guião a gerações de Advogados e Magistrados.
Que o iremos seguramente citar, em escritos forenses, em referências que trazem saber de experiência de pacificação, arrefecendo as paixões que animam as querelas entre os Homens. Mas também, em evidências de estoicismo e de coragem.
Encontraremos sempre esses exemplos e os que ilustram a visão tolerante que ajuda a construir a virtude da Fraternidade.
Creio que estamos todos, advogados e juizes portugueses, agradecidos ao Alberto de Sousa Lamy, por ter escrito este livro. Não só por esse feito, mas pela vida dele podermos apontar exemplo." 
Lisboa, Julho de 2001.
Júlio de Castro Caldas

Isabel Lhano morre aos 70 anos (1953-2023)



 

sábado, 9 de dezembro de 2023

Salazar Antologia de Depoimentos

Título: Salazar
             Antologia de Depoimentos
Prefácio: José Pinheiro da Silva
Editor: Nova Arrancada, Sociedade Editora, Lisboa
Edição: 1ª edição
Ano: 2000
Dimensões:  14 cm x 20.5 cm
Nº de páginas:  318 páginas
Capa: Brochura
Estado de conservação: Bom estado de conservação
Preço:    35,00 €
Referência: 2312021
Sinopse: 

Hippies Drogas e Sexo

Título: Hippies Drogas e Sexo
Autor: Suzanne Labin
Tradução: Francine Léger de Lima Fernandes
Editor: Lello & Irmão - Editores - Porto
Edição: 1ª edição
Ano: 1970
Dimensões:  14 cm x 20.5 cm
Nº de páginas:  308 páginas
Capa: Brochura com badanas
Estado de conservação: Bom estado de conservação

Preço:    12,50 €
Referência: 2312020

Sinopse: 

Os Bombardeiros da R.A.F.

Título: Os Bombardeiros da R.A.F.
Autor: Warren Irvin
Editor: Centro Tip. Colonial - Lisboa
Edição: 1ª edição
Ano: 
Dimensões:  11,5 cm x 16,7 cm
Nº de páginas:  8 páginas + 8 reproduções fotográficas
Capa: Brochura
Estado de conservação: Bom estado de conservação
Preço:    17,00 €
Referência: 2312019

Sinopse: Documento acerca da intervenção da Royal Air Force durante a Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O que é a Maçonaria

Título: O que é a Maçonaria
Autor: Jorge Ramos
Editor: Editorial Minerva
Edição: 1ª edição
Ano: 1975 (Lisboa)
Coleção: Minerva de Bolso
Dimensões:  IN-8º
Nº de páginas:  176 páginas
Capa: Brochura
Estado de conservação: Bom estado de conservação
Preço:    12,50 €
Referência: 2312018

Sinopse: 


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Esposende e o seu Concelho

Título: Esposende e o seu Concelho
Autor: Teotónio da Fonseca
Editor: Livraria Espozendense
Edição: 1ª edição
Tiragem: 2000 exemplares
Ano: 1936
Dimensões:  11 cm x 16,8 cm
Nº de páginas:  324 páginas
Capa: Brochura
Estado de conservação: Bom

Preço:    40,00 €
Referência: 2312017

Sinopse: 





segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Quinta do Bomfim - Pinhão Alto Douro

Título:  Quinta do Bomfim
              Pinhão              
              Alto Douro
Encadernação: Brochura
Ano:  
Nº de páginas: 8
Dimensões: 11,5 cm x 14 cm
Estado de conservação: Bom

Preço:    10,00 € (Curiosidade de difícil aparição no mercado alfarrabista)
Referência: 2312016

Sinopse: O Bomfim é uma das mais famosas quintas do Douro. As suas vinhas e lagares encontram-se idealmente perto do Pinhão. Os visitantes encontram as antigas caves de vinho datadas de 1896 e uma rara colecção de fotografias e artefactos do século XIX. As visitas aos lagares e à vinha estão disponíveis. As provas de vinho do Porto e Douro DOC têm lugar num dos terraços mais bonitos na região do Douro.



Para todos os nossos estimados amigos o Canto III deseja um Feliz Natal



Futurismo - I Grandi Temi -1909 - 1944

Título:  Futurismo
              I Grandi Temi
              1909 - 1944
Autor: Enrico Crispolti e Franco Sborgi
Editor: Mazzotta
Edição: 1ª edição
Idioma: Italiano
Encadernação: Capa  editorial
Ano:  1997 (1 de dezembro)
Nº de páginas: 348
Dimensões: 
Estado de conservação: Bom

Preço:    35,00 € (Livro de difícil aparição no mercado alfarrabista)
Referência: 2312015

Sinopse: 








sábado, 2 de dezembro de 2023

Zé Carioca em Tem Um Buraco no Telhado

Título: Zé Carioca em Tem Um Buraco no Telhado
Autor: Walt Disney
Editor: Editora Abril, Ltda.
Género: Banda desenhada, revista quinzenal de Walt Disney
Ano: XXX - 07/12/1979
Número: 1465
Nº de páginas: 31
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom exemplar, peça de colecionismo

Preço:    5,00 €
Referência: 2312014

Sinopse: 

Zé Carioca em O Golpe de Mestre

Título: Zé Carioca em O Golpe de Mestre
Autor: Walt Disney
Editor: Editora Abril, Ltda.
Género: Banda desenhada, revista quinzenal de Walt Disney
Ano: XXVII - 24/06/1977
Número: 1337
Nº de páginas: 31
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom exemplar, peça de colecionismo

Preço:    5,00 €
Referência: 2312013

Sinopse: 

Zé Carioca em a Noite dos Zumbis

Título: Zé Carioca em Quem SIRI por Último
Autor: Walt Disney
Editor: Editora Abril, Ltda.
Género: Banda desenhada, revista quinzenal de Walt Disney
Ano: XXX - 23 de Novembro de 1979
Número: 1463
Nº de páginas: 31
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom exemplar, peça de colecionismo

Preço:    5,00 €
Referência: 2312012

Sinopse: 

O Principezinho

Não, não é o chapéu do Fernando Pessoa !

Ler, ler, ler sempre, é a sugestão 
infindável do 
Canto III

O Canto III não negoceia livros mas porções de sonhos
Este Natal visite o Canto III e ofereça um livro, ofereça sonhos.
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O Canto III deseja aos seus Clientes e Amigos um Santo e Feliz Natal



sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

L miu purmeiro lhibro Mirandés - O meu primeiro livro em Mirandês

Título:  L miu purmeiro lhibro Mirandés
O meu primeiro livro em Mirandês
Autor: Carlos Ferreira
Fotografia: Paulo Magalhães
Editor: Planeta Vivo
Edição: 1ª edição
Idioma: Português
Encadernação: Capa dura, editorial
Ano:  2005
Nº de páginas: 106
Dimensões: 29 cm x 22 cm
Estado de conservação: Bom, como novo

Preço:    22,50 €
Referência: 2312011

Sinopse: Estamos em presença do primeiro livro em língua mirandesa considerado pelos seus autores como a primeira edição escrita na 'lhéngua' com "abrangência nacional". "L miu purmeiro lhibro an Mirandés " é da autoria do escritor Carlos Ferreira e contém fotografias de Paulo Magalhães. O prefácio foi escrito pelo Presidente da República Jorge Sampaio, sendo esta a primeira vez que um chefe de Estado escreve em língua mirandesa - "o que vem dar outra visibilidade a esta forma secular de comunicar, já que demonstra que o mirandês é uma língua da República", disse Carlos Ferreira ao JN.

O livro tem notas explicativas da autoria do comendador Amadeu Ferreira, que intenta demonstrar um pouco da história do que é a 'lhéngua' e sua evolução ao longo dos tempos. (...)

O conteúdo do livro é composto por uma recolha de pequenas histórias de tradição oral, que depois são tratadas pelo autor - não se trata de uma recolha oral directa, mas antes de uma adaptação.

in Jornal de Notícias