Título: Dinis Arão (1892-1957)
Autor: Alírio do Vale
Editor: Editorial Ave Rara
Género: Novela
Capa: Brochura
Ano: 2000 (Outubro)
Tiragem: 3000 exemplares
Edição: 2ª edição
Nº de páginas: 112
Dimensões: 15 x 21 cm
Estado de conservação: Bom
Nota: Este livro acabou de se imprimir em 19 de outubro do
ano 2000, na Póvoa de Lanhoso, por encomenda do jornal "Terras de
Lanhoso", para ser distribuído com a edição de 23 de outubro, quando se
cumpre o quarto aniversário do periódico.
Preço: 10,00 €
Referência: 2301016
Sinopse: Alírio do Vale era o pseudónimo literário de José
Narcizo da Fonseca Oliveira, nascido na Casa do Bárrio de Monsul (Póvoa de
Lanhoso), a 24 de Março de 1892, filho de D. Amélia de Jesus Adelaide e de seu
marido José Maria de Oliveira, oriundos, ela da Casa do Bárrio de Monsul; ele
da Casa de Lages de São João de Rei.
Foi um sobredotado: farmacêutico de mérito, afirmou-se nas
décadas de trinta a cinquenta do século XX como a mais dinâmica figura cultural
de Monsul, se não mesmo de todo o concelho. Era exímio violinista, tocava
piano, organizou e ensaiou na sua freguesia um grupo coral e um grupo cénico
admirados em todo o lado e, para além de tudo isto, teve ainda tempo para
escrever, publicando três livros e centenas de artigos e crónicas em jornais.
A instrução primária concluiu-a em Monsul, numa escola que
então funcionava no caminho para Verim. Seguidamente passou a frequentar o
Liceu de Braga, de onde partiu para a Faculdade de Farmácia do Porto, onde se
licenciou, em 1917, com uma altíssima classificação, como farmacêutico-químico.
Convidado para a docência universitária, optou contudo, terminado o curso, por
regressar ao bucolismo da sua aldeia natal onde estabeleceu farmácia.
Em 28 de Dezembro de 1922, viria a casar-se com D. Nair
Isabel Alves da Costa, da Casa da Sarola de Baixo da freguesia de Verim. Deste
casamento nasceram seis filhos: Isabel Maria, Laura Amélia, Maria Narciza,
Jorge Eduardo, Maria Helena e Ana Maria da Costa Oliveira.
Na altura em que o Dr. José Narcizo instalou farmácia em
Monsul não havia, e não houve por muitos anos, médico algum nas redondezas. Por
isso, o farmacêutico era, não raras vezes, também o clínico que, a cavalo ou de
bicicleta, percorria as aldeias em redor da sua a socorrer os doentes necessitados
de um remédio para os seus males.
Fundou o Grupo Recreativo Dramático-Musical de Monsul, que
utilizou para “diminuir o analfabetismo e cultivar a arte”, fomentando “o
recreio honesto e instrutivo, promovendo a educação cívica, o ensino noturno
para adultos, organizando palestras e conferências, ensinando música”[1].
Publicou artigos de interesse cultural e histórico em
inúmeros jornais, quase sempre com o pseudónimo de Paulo Campos, nomeadamente
no Diário de Notícias, O Século ou o semanário local A Póvoa de Lanhoso.
Em 1949 publicou a sua primeira novela, intitulado Dinis
Arão, que tem epicentro no baixo concelho povoense, e ao qual se seguiram mais
dois romances: Corações que sangram e O Poder das Riquezas.
O Dr. José Narcizo da Fonseca Oliveira viria a falecer
subitamente em 11 de Novembro de 1957, aos 65 anos de idade e logo após ter
concluído a composição do seu último romance.