quinta-feira, 13 de junho de 2024

Onde Está a Felicidade

Título: Onde Está a Felicidade
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 11ª edição, revista sobre a 2ª e 3ª, que teriam sido as últimas revistas pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XXXIX (39)

Ano: 1965
Nº de páginas: 376
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, mantém parte das páginas por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406015

Sinopse: "Onde Está a Felicidade? representa, por vários motivos, um marco singular na obra camiliana. Os críticos que mais se têm dedicado ao seu estudo têm-na considerado não só como um ponto de viragem na produção romanesca do autor, mas também como uma significativa agitação no marasmo em que se encontrava a ficção nacional de meados de Oitocentos, apontando nessas duas dimensões para uma maior naturalidade do estilo."



Mistérios de Fafe

Título: Mistérios de Fafe
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 8ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: LV (55)

Ano: 1969
Nº de páginas: 296
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom

Preço:     10,00 €
Referência:  2406014

Sinopse:


Vinte Horas de Liteira

Título: Vinte Horas de Liteira
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 5ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: LXII (62)
Ano: 1966
Nº de páginas: 272
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406013

Sinopse: "Em Vinte Horas de Liteira, Camilo Castelo Branco desenvolve uma reflexão em regime dialógico, acerca da literatura, da narrativa e de diversos aspetos da sua composição. É em viagem com o amigo António Joaquim, durante vinte horas balanceadas numa liteira, que o romancista ouve histórias e responde com comentários e com o testemunho da sua experiência literária."

"No trajeto  que  vai  desde  uma  aldeia  perdida   no  Marão  até  ao  Porto,  encena-se  a  cumplicidade existente  entre  o  movimento  da  viagem  e  o  ato  de contar  histórias;  além  disso,  a loquacidade de António Joaquim e as vivências pessoais que ele convoca estimulam o debate sobre questões prementes para  o  ofício  de  escritor  (p. ex.,  a dialética  entre imaginação  e prática  de vida), num tempo em que começam a manifestar-se as exigências representacionais do realismo em emergência."

Agulha em Palheiro

Título: Agulha em Palheiro
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 10ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XXII (22)
Ano: 1966
Nº de páginas: 228
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406012

Sinopse: "Agulha em Palheiro" de Camilo Castelo Branco é um romance envolvente que mergulha nos mistérios e intricadas relações da sociedade portuguesa do século XIX. A história segue a busca desesperada de José Ernesto por sua amada Cecília, que desapareceu sem deixar rastros. Nesta jornada, ele se depara com uma série de personagens intrigantes e situações desafiadoras, revelando os segredos, as hipocrisias e as injustiças de sua época. Com uma prosa magistral, Camilo Castelo Branco explora temas como amor, perseverança e a luta contra as adversidades, oferecendo uma crítica mordaz às convenções sociais. "Agulha em Palheiro" destaca-se pela profundidade psicológica dos personagens e pela trama bem elaborada, sendo uma leitura imprescindível para os amantes da literatura clássica portuguesa.

O que fazem as Mulheres

Título: O que Fazem as Mulheres
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 8ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: LVII (57)
Ano: 1967
Nº de páginas: 224
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom

Preço:     10,00 €
Referência:  2406011

Sinopse: O Que Fazem Mulheres começa com um diálogo entre mãe e filha: a primeira tenta convencer a segunda a casar-se por dinheiro e não por amor.

Esta é a história de Ludovina, uma jovem bela, de origem fidalga, mas sem dote que lhe possa arranjar marido. Sem intenções sérias, namora-a Ricardo de Sá, mas há outro homem, João José Dias, regressado do Brasil, muito rico, muito velho, muito gordo.

Fernando Pessoa, nasceu a 13 de junho de 1888


 "Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe".
Apenas o Canto III

Coração, Cabeça e Estômago

Título: Coração, Cabeça e Estômago
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 5ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: LVI (56)
Ano: 1967
Nº de páginas: 252
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406010

Sinopse:

Duas Horas de Leitura

Título: Duas Horas de Leitura
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 8ª edição, conforme 3ª, última revista pelo autor
Ano: 1967
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XV (15)
Nº de páginas: 224
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406009

Sinopse:

Memórias de Guilherme do Amaral

Título: Memórias de Guilherme do Amaral
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 7ª edição, conforme 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XLI (41)
Ano: 1966
Nº de páginas: 196
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406008

Sinopse:

 

A Filha do Doutor Negro

Título: A Filha do Doutor Negro
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 8ª edição, conforme a 2ª, única revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XXX (30)
Ano: 1971
Nº de páginas: 316
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, parte de páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406007

Sinopse:


terça-feira, 11 de junho de 2024

Divindade de Jesus e Tradição Apostólica

Título: Divindade de Jesus
             e
             Tradição Apostólica
Com uma carta dirigida ao autor pelo Sr. Visconde de Azevedo
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 8ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor em confronto com a 1ª
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XIII (13)
Ano: 1958
Nº de páginas: 216
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, parte de páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406006

Sinopse:


O Esqueleto

Título: O Esqueleto
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 10ª edição, conforme a 2ª, única revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: V (5)
Ano: 1969
Nº de páginas: 224
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406005

Sinopse:

Um Homem de Brios

Título: Um Homem de Brios
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 9ª edição, conforme a 3ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XL (40)
Ano: 1967
Nº de páginas: 294
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406004

Sinopse:

Quatro Horas Inocentes

Título: Quatro Horas Inocentes
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 5ª edição, conforme 1ª, única revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XXVIII (28)
Ano: 1968
Nº de páginas: 284
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406003

Sinopse:

Estrelas Propícias

Título: Estrelas Propícias
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 6ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: XXXI (31)
Ano: 1965
Nº de páginas: 224
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, páginas ainda por abrir

Preço:     10,00 €
Referência:  2406002

Sinopse:

Coisas Espantosas

Título: Coisas Espantosas
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 9ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: I (1)
Ano: 1969
Nº de páginas: 268
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom

Preço:     10,00 €
Referência:  2406001

Sinopse:

domingo, 9 de junho de 2024

Noites de Lamego

Título: Noites de Lamego
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 6ª edição, conforme a 2ª, última revista pelo autor
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco (Edição Popular)
Número: LXVIII(68)
Ano: 1970
Nº de páginas: 248
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, tem um carimbo de posse

Preço:     10,00 €
Referência:  2406021

Sinopse:  "
Uma coletânea de contos de que o génio de Camilo se serviu para Satirizar os burlescos de uma época.

Uma cadeia de critica de costumes, pontos de vista cáusticos e modos de ironizar que prende e interessa os leitores desta obra camiliana.

Uma soberba galeria de personagens."

Esboços de Apreciações Literárias

Título: Esboços de Apreciações Literárias
Autor: Camilo Castelo Branco
Prefácio: Camilo Castelo Branco
Editor: Parceria A. M. Pereira, Lda.
Edição: 5ª edição, conforme a 1ª, única revista pelo autor
Ano: 1969
Coleção: Obras de Camilo Castelo Branco
Número: LXXIV (74)
Nº de páginas: 292
Dimensões: 12,3 cm x 19,3 cm
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom, tem um carimbo de posse

Preço:      10,00 €
Referência:  2406022

Sinopse: "Autores comentados: D. João de Azevedo; José Barbosa e Silva; Francisco Martins Gouveia Morais Sarmento; Ramos Coelho; Joaquim Pinto Ribeiro Júnior; Coelho Lousada e Soares de Passos; Faustino Xavier de Novais; Marquesa de Alorna; Joaquim Pinto Ribeiro; Júlio César Machado; Ernesto Biester; Júlio César Machado e Manuel Roussado; Raimundo de Bulhão Pato; José Gomes Monteiro; Luís Augusto Rebelo da Silva; Teófilo Braga; José Gregório Lopes da Câmara Sinval; Inácio Pizarro de Morais Sarmento."

quarta-feira, 20 de março de 2024

Na noite de 20 para 21 de Março de 1888, faz esta noite 136 anos, um incêndio destruía o Teatro Baquet, na Baixa do Porto


Na noite de 20 para 21 de Março de 1888, faz esta noite 136 anos, um incêndio destruía o Teatro Baquet, na Baixa do Porto Rua de Santo António e morrem cerca de 120 pessoas, 88 das quais estão sepultadas numa vala comum no cemitério de Agramonto.

Mandado construir pelo alfaiate portuense António Pereira Baquet, o Teatro Baquet tinha frente para as ruas de Santo António e de Sá da Bandeira. Inaugurado no Carnaval de 1859, constituiu uma sala de espetáculos emblemática da cidade, reconhecido pela oferta vasta e acessível a todas as camadas sociais.

António Pereira Baquet morreria cerca de 10 anos depois, mas o seu projeto continuou vivo. No
entanto, na noite de 20 para 21 de março de 1888, quando se representava uma ópera cómica e a sala se encontrava com lotação esgotada, deflagrou um violento incêndio nos bastidores. O fogo destruiu o teatro por completo, perecendo na tragédia cerca de 120 pessoas.

Em memória das vítimas do incêndio construiu-se, no Cemitério de Agramonte, o mausoléu com materiais pertencentes ao próprio edifício do Teatro Baquet, pedaços de ferro torcidos pelo fogo e uma enorme coroa de martírios também em ferro, simbolizando a morte das vítimas.

Em singela homenagem lembramos hoje essa catástrofe que enlutou o Porto e todo o país.



segunda-feira, 18 de março de 2024

"Como gosto, meu amor, de chegar antes de ti para te ver chegar": Nuno Júdice 1949-2024


É nos teus olhos

É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,
mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;
e se outras voltas me fazem ver nos teus os meus olhos,
não é porque o mundo parou,
mas porque esse breve olhar nos fez imaginar
que só nós é que o fazemos andar.
         
                                                                                       Nuno Júdice


domingo, 10 de março de 2024

Canto III - Onde as viagens no tempo acontecem

 


Poesia - Eugénio de Andrade

Título: Poesia
Autor: Eugénio de Andrade
Editor: Modo de Ler
Prefácio: Não tendo sido possível, por motivos de saúde, pedir a Óscar Lopes um prefácio para esta edição utilizou-se um texto do grande estudioso da obra de Eugénio de Andrade - "A Mãe d´Água ou A Poesia de Eugénio" publicado em 1993, que era de particular predilecção do poeta.
Número de páginas: 714
Encadernação: Encadernação editorial com sobrecapa
Ano: 2011
Dimensões:
Estado de conservação: Livro novo

Preço:  50,00 €
Referência: 2403001

Sinopse: "Poesia" de Eugénio de Andrade reúne toda a sua obra poética, desde "Primeiros Poemas" (recuperados dos dois primeiros livros - Adolescente e Pureza- que o autor repudiou) e "As Mãos e os Frutos" (1948) até "Os Sulcos da Sede" (2001), a sua última obra poética. Não tendo sido possível, por motivos de saúde, pedir a Óscar Lopes um prefácio para esta edição utilizou-se um texto do grande estudioso da obra de Eugénio de Andrade - "A Mãe d´Água ou A Poesia de Eugénio" publicado em 1993, que era de particular predilecção do poeta.

Autor: "Eugénio de Andrade, poeta português, Eugénio de Andrade (1923-2005), pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de janeiro de 1923 no Fundão. Em 1947 ingressou na função pública, como funcionário dos Serviços Médico-Sociais, e em 1950 fixou residência no Porto. Manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de atividade poética. Revelando-se em 1948, comAs Mãos e os Frutos, a que se seguiria, em 1950, Os Amantes sem Dinheiro, o seu nome não se encontra vinculado a nenhuma das publicações que marcaram, enquanto lugar de reflexão sobre opções e tradições estéticas, a poesia contemporânea, embora tenha editado um dos seus volumes, As Palavras Interditas, na coleção "Cancioneiro Geral" e colaborado em publicações como Árvore, Cadernos do Meio-Dia ou Cadernos de Poesia. É, aliás, nesta última publicação, editada nos anos quarenta, que se firmam algumas das vozes independentes, como Ruy Cinatti, Sophia de Mello Breyner Andresen ou Jorge de Sena, que inaugurariam, no século XX, essa linhagem de lirismo depurado, exigente, atento ao poder da palavra no conhecimento ou na fundação de um real dificilmente dizível ou inteligível, em que Eugénio de Andrade se inscreve. A escolha dos inofensivos substantivos "pureza" e "leveza" para referir a sua obra derivará talvez da noção do impulso de purificação que a sua poética confere às palavras através da exploração de um léxico essencial até à exaltação. Quando Maria Alzira Seixo fala do caminho que esta poesia percorre "na senda do rigor da lápide" ("Every poem is an epitaph", já dizia Eliot) levanta o véu de um dos pontos fulcrais desta poesia que, nas palavras do próprio Eugénio de Andrade (Rosto Precário), se afirma como o "lugar onde o desejo ousa fitar a morte nos olhos". Falar desta obra como morada da "leveza" e da "pureza" é encobrir o que nela há de ofício de paciência e de desesperada busca. Talvez seja preferível falar da força básica de um léxico de tal maneira investido da radicação do corpo do objecto amado no mundo e na sua paisagem que é capaz de impor o desejo da luz no coração das trevas da mortalidade. Eugénio de Andrade surgirá, assim, como o poeta da "correlação do corpo com a palavra" (Carlos Mendes de Sousa), da sexualidade trabalhada verbalmente até atingir uma "zona gramatical cega" (Joaquim Manuel Magalhães) onde o referido sexual não tem género gramatical referente porque o discurso em que vive pertence já a uma dimensão cuja musicalidade representa a recuperação de uma voz materna intemporal. Eugénio de Andrade foi elemento da Academia Mallarmé (Paris) e membro fundador da Academia Internacional "Mihail Eminescu" (Roménia). Para além de tradutor de vários autores, cujas obras recriou poeticamente (García Lorca, Safo, Borges), e organizador de várias antologias poéticas, é autor de obras como Os Afluentes do Silêncio (1968), Rosto Precário (1979), À Sombra da Memória (1993) (em prosa), As Mãos e os Frutos (1948), As Palavras Interditas (1951), Ostinato Rigore (1964), Limiar dos Pássaros (1976), Rente ao Dizer (1992), Ofício da Paciência (1994), O Sal da Língua (1995) e Os Lugares do Lume (1998). Recebeu ao longo da sua vida vários prémios: Pen Clube (1986), Associação Internacional dos Críticos Literários (1986), Dom Dinis (1988), Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1989), Jean Malrieu (França, 1989), APCA (Brasil,1991), Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz (República da Sérvia, 1996), Prémio Vida Literária atribuído pela APE (2000) e, em maio de 2001, o primeiro prémio de poesia "Celso Emilio Ferreiro" atribuído em Orense, na Galiza. Em 2001, a 10 de maio, Eugénio de Andrade foi homenageado na Universidade de Bordéus por altura da realização do "Carrefour des Littératures", tendo sido considerado um dos mais importantes escritores do século XX. Estiveram presentes várias ilustres personalidades, entre elas o Presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio. A 10 de Julho foi distinguido com o Prémio Camões e, ainda no mesmo ano, foi lançado um CD com poemas recitados pelo próprio autor. Em 2002, foram atribuídos os prémios PEN 2001 e Eugénio de Andrade recebeu o prémio da área da poesia pela sua obra Os Sulcos da Sede. No dia em que comemorou o seu octogésimo aniversário foi homenageado na Biblioteca Almeida Garrett do Porto. Em 1991, foi criada na cidade do Porto a Fundação Eugénio de Andrade. Para além de ter servido de residência ao poeta, esta instituição tem como principais objetivos o estudo e a divulgação da obra do autor assim como a organização de diversos eventos como, por exemplo, lançamentos de livros, recitais e encontros de poesia. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2005."


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Literatura de Cordel

Título: Literatura de Cordel
Autor: José Viale Moutinho
Coleção: Obras Escolhidas de Literatura Portuguesa
Editor: Círculo de Leitores
Ano: 2014
Dimensões: 30 cm x 24 cm
Nº de páginas:  517
Encadernação: Encadernação editorial com capa dura
Idioma: Português

Preço:   25,00 € 
Referência: 2402003

Sinopse: Verdadeiras narrativas de amor e de crime numa antologia que nos faz regressar ao tempo em que as histórias eram publicadas em vários capítulos, impressas em formato de caderno e suspensas de um cordel, para serem vendidas nas ruas, feiras e aldeias. Tomava-se conhecimento das singularidades do mundo, das verdades e das mentiras, dos criminosos, das execuções e dos milagres, dos fenómenos naturais e dos monstros sobrenaturais. Há por aqui vinganças, mas não escapa a misericórdia, a comiseração, a inteligência e a sabedoria popular, a esperteza, as fortunas tiradas das cartolas ou das carapuças de burel 
São textos que fazem parte por vezes de uma literatura marginal, e outros que se inscrevem na literatura tradicional que estão na memória das histórias que eram contadas e recontadas, de que são exemplo: História do célebre navegador João de Calais; Maria! Não me mates que sou tua mãe!; Vida de José do Telhado; História do grande Roberto do Diabo ou ainda História verdadeira da princesa Magalona.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Viajar pela leitura

Viajar pela leitura

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

                          Clarisse Pacheco

Azul - Eugénio de Andrade


 

Cardeal Cerejeira

Título: Cardeal Cerejeira
Autor: Joaquim Vieira
Coleção: Fotobiografias Século XX
Direção de: Joaquim Vieira
Responsável gráfico: Fernando Rochinha Diogo
Editor: Círculo de Leitores
Pesquisa iconográfica: Cristina Faria, Irene Pimentel, Júlia Leitão de Barros e Margarida Cunha Belém
Pesquisa  genealógica: Luís Filipe Marques da Gama
Ano: 2001 (Lisboa)
Dimensões: 30 cm x 24 cm
Nº de páginas:  199, [i] págs.
Encadernação: Encadernação editorial em tela do editor
Ilustrações: Profusamente ilustrado. Edição de cuidada execução gráfica, estampada em bom papel e densamente ilustrada com reproduções a negro e a cores.
Idioma: Português

Preço:   17,50 € 
Referência: 2402002

Sinopse: Nascido na zona rural do Minho em 1888, no seio de uma família de poucos recursos, Manuel Gonçalves Cerejeira podia ter-se tornado num simples pároco de aldeia. Em vez disso, ascendeu ao posto mais alto da Igreja, tornando-se cardeal patriarca de Lisboa entre 1929 e 1971 e uma figura fundamental, embora polémica, do século XX português. Conservador e elitista ou renovador e humilde? Amante do luxo e da riqueza ou atento à pobreza e defensor dos mais oprimidos? Homem caloroso ou autoritário? Sinuoso ou insinuante? Alinhado com o Estado Novo ou defensor da independência da Igreja em relação ao regime de Salazar, seu amigo íntimo desde os tempos de Coimbra? Defensor da vida e dos direitos humanos ou silencioso perante a violência da PIDE, a guerra colonial e a censura? Homem forte e decidido, ou indeciso e fraco como António de Oliveira Salazar chegou a apelidá-lo? Quando tomou posse como patriarca, o seu objectivo era recristianizar a sociedade portuguesa, mas no momento da sua exoneração a laicização da sociedade portuguesa era crescente e o mundo por que tanto lutara ameaçava ruir. Morreu no dia 1 de Agosto de 1977, sem que o 25 de Abril de 1974 o tivesse incomodado no seu retiro na Buraca.

António Oliveira Salazar

Título: António de Oliveira Salazar
Autor: Joaquim Vieira
Coleção: Fotobiografias Século XX
Direção de: Joaquim Vieira
Editor: Círculo de Leitores
Ano: 2001 (Lisboa)
Dimensões: 30 cm x24 cm
Nº de páginas:  199, [i] págs.
Encadernação: Encadernação editorial em tela do editor.
Ilustrações: Profusamente ilustrado. Edição de cuidada execução gráfica, estampada em bom papel e densamente ilustrada com reproduções a negro e a cores.
Idioma: Português

Preço:   17,50 € 
Referência: 2402001

Sinopse: "Obra biográfica sobre António de Oliveira Salazar, realçando algumas das fases mais significativas do seu percurso pessoal e político. Percorrendo a vida do biografado e contextualizando-a na História do Estado Novo em Portugal, a obra contém várias apreciações sobre o «O Ditador Iluminado», aditadas de um extenso rol de documentos fac-similados e fotogravuras, de que destacamos a cronologia e árvore genealógica em anexo."
"Na alvorada do século XXI, António de Oliveira Salazar constitui apenas uma sombra difusa. As suas ideias antidemocráticas não inspiram seguidores e ninguém se dispõe a reconhecer-lhe virtudes actuais. Não persiste qualquer nostalgia da sua época nem vontade de regressar ao país isolado e provinciano que era o seu. (…) Mas a memória da personagem, por muito distante, não se desvanece na consciência colectiva, apesar do ostracismo público a que foi votada desde a revolução que extinguiu o seu regime. Os inquéritos de opinião colocam-no entre os dois ou três portugueses mais influentes (se não o mais influente) do seu século, independentemente do juízo valorativo que se faça sobre a biografia do político e do estadista. Para o bem e para o mal, Salazar permanece como uma referência nacional, difícil de apagar na galeria dos nomes ilustres da nação."

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

PROGRAMA DOS 500 ANOS DO NASCIMENTO DE LUÍS DE DE CAMÕES

No período de 12 de março de 2024 a 10 de junho de 2025, o CANTO III, associa-se à celebração do nascimento de Luís Vaz de Camões e entre outras iniciativas, publicará diariamente no blogue e facebook do CANTO III,  poemas, textos, artigos diversos, e efetuará tertúlias relativas ao nosso Poeta Universal, sem esquecer nenhum Canto. dos Lusíadas, hino da literatura, nem de nenhuma obra, Lírica, Teatro...


31DE JANEIRO

"O ambiente político no dealbar do século XIX era efervescente em Portugal. A contestação à Monarquia aumentava de dia para dia. Por isso, a revolta de 31 de janeiro de 1891, levantamento militar que teve lugar no Porto, é considerada como a primeira tentativa de derrube do regime vigente e de implantação da República em Portugal.

A cedência do governo ao Ultimatum Britânico do ano anterior, a proclamação da República no Brasil, que tinha ocorrido dois anos antes, suscitou grande indignação. Nos círculos republicanos, estes acontecimentos eram vistos como uma prova da decadência e fraqueza do regime monárquico.

No Porto, em especial, os círculos republicanos dispunham de fortes apoios. Afinal, era aqui que havia uma tradição revolucionária e que se prolongaria ao longo de todo o século XIX. Por isso, não foram totalmente estranhos os acontecimentos ocorridos a 31 de janeiro de 1891 (amanhã, fará 131 anos).

Conspirava-se por toda a cidade, como descreveram João Chagas e Manuel Maria Coelho: “[…] discutia-se em toda a parte, mormente nos cafés; e nos lugares, os mais públicos, se exibiam opiniões revolucionárias. Os militares confundiam-se com os civis; conspirava-se ao ar livre. […] Citavam-se nomes de militares que aderiam. Os sargentos andavam em grupos, fardados, pelas ruas. Não se tomava precauções, não se guardava sigilo”.

A revolta do Porto, também conhecida como “revolta dos sargentos”, devido ao papel central desempenhado pelos sargentos de vários regimentos de infantaria, assim como da guarda-fiscal, tem início no Campo de Santo Ovídio, atual Praça da República, dirigindo-se depois os revoltosos ao edifício da Câmara Municipal. Foi aí que Alves da Veiga, advogado, jornalista, professor e um dos mais prestigiados republicanos do Porto, proclamou a República e foi hasteada a bandeira vermelha e verde do Centro Democrático Federal 15 de Novembro, um clube republicano do Porto.

Os revoltosos foram rapidamente cercados pela Guarda Municipal, que disparou sobre a multidão e sufocou a revolta. Foram presos e julgados, tendo muitos sido condenados a penas de degredo em África. No mesmo dia, o estado de sítio foi declarado na cidade.

Apesar do seu desfecho, a Revolta do Porto, que ainda hoje é recordada na cidade, é considerada como um primeiro antecedente da proclamação da República, que apenas ocorreria 19 anos mais tarde e já em circunstâncias políticas e sociais muito diferentes."

"(...) O conflicto anglo-portuguez de 1890 foi a causa unica da revolta do Porto. É preciso recordar em que circunstancias singulares a consciência nacional despertou para a rebellião, afim de comprehender como foi possível que esse movimento se produzisse no seio de uma sociedade tão pouco adextrada para as luctas civicas, como era ao tempo a sociedade portugueza. Estava-se em principios de Janeiro, sob uma situação progressista presidida pelo sr. José Luciano de Castro e na qual detinha a pasta dos estrangeiros o sr. Henrique de Barros Gomes, quando os jornaes começaram referindo-se com insistencia a possibilidade de um conflicto com a Inglaterra, a proposito das pretenssões d`esta nação sobre os territorios do Nyassa, onde algumas expedições portuguezas de carcter scientifico operavam ao tempo. (...)"