Mostrar mensagens com a etiqueta *Rolão Preto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta *Rolão Preto. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 22 de março de 2023

Tudo Pelo Homem Nada Contra o Homem

Título: Tudo Pelo Homem Nada Contra o Homem
Autor: Rolão Preto
Editor: Editorial Inquérito Limitada - Lisboa
Composto e impresso: Imprensa Libânio da Silva - Lisboa 
Ano: 1953 (Guimarães)
Capa: Brochura
Dimensões: 13 cm x 19,5 cm
Nº de páginas:  48 páginas
Estado de conservação: Bom

Preço:    20,00 €  
Referência: 2303037

Sinopse: "Palestra proferida ao microfone do Rádio Clube Português em 31 de Outubro de 1953".

Do autor: Francisco de Barcelos Rolão Preto, (1894-1977), estudante da Faculdade de Direito de Coimbra, participa nas incursões couceiristas e passa para o exílio em 1912, regressa a Portugal em 1914. Nesse período, é secretário da revista Alma Portuguesa, surgida no exílio belga, precursora do Integralismo Lusitano. Licenciando-se em ciências filosóficas em Lovaina, onde foi aluno do cardeal Mercier, passa para Toulouse, onde conclui a licenciatura em direito. Amnistiado em 1917, regressa a Portugal, alinhando na Junta Central do Integralismo Lusitano. No jornal A Monarquia, assina crónicas sobre a questão social. Mostra-se simpatizante do fascismo logo em 1922 e participa no golpe de 18 de abril de 1925, com Filomeno da Câmara. Acompanha Gomes de Costa no 28 de maio de 1926, inspirando-lhe o primeiro programa político. Funda em 1932 o movimento nacional-sindicalista.

Publica então, de fevereiro a abril de 1932, o jornal Revolução. Em 19 de janeiro de 1933 critica Salazar por este não ser capaz de vestir uma farda ou uma camisa de combate. Um mês depois, em 18 de fevereiro, promove um jantar insurreccional no parque Eduardo VII, onde Neves da Costa proclama: isto tem tanta força que já ninguém será capaz de nos fechar a porta. Entusiasmados, os nacionais-sindicalistas promovem um desfile de três mil militantes nas comemorações do 28 de maio em Braga, ocorrendo sangrentos incidentes.

Em 5 de julho seguinte Rolão Preto é recebido por Carmona em audiência, pressionando no sentido da demissão de Salazar. Salazar reage em 24 de julho, anulando a autorização dada para a propaganda dos camisas azuis e promovendo a suspensão do jornal Revolução. Lança mesmo uma dissidência do movimento, com Manuel Múrias, Luís Supico Pinto e José Cabral que aderem à União Nacional.

Exilado em 1934, vai para Espanha onde contacta com José António Primo de Rivera, em casa de quem chega a viver, colaborando na redação dos próprios 27 pontos da Falange. Regressa em 24 de fevereiro de 1935 e logo é homenageado num banquete de correlegionários. Em abril visita os núcleos locais do mesmo. Promove o falhado golpe de Estado de 10 de setembro de 1935, com o monárquico comandante Mendes Norton e o republicano General Ribeiro de Carvalho. Recupera a ideia de fascismo social em 1945, para criticar o Estado Novo.

Apoia a candidatura de Norton de Matos em 1949. Membro das candidaturas presidenciais de Quintão Meireles, em 1951, e de Humberto Delgado, em 1958, chefiando nesta os serviços de imprensa e mobilizando para ela os companheiros monárquicos Luís Almeida Braga e Vieira de Almeida. Considera em 1953 que Salazar fez uma revolução a frio, esquematizada pela razão, conduzida pelos caminhos da inteligência, como se fosse uma experiência de laboratório. Retirado na sua terra natal, Soalheira, volta à política em 1969, aparecendo como cabeça de lista da Comissão Eleitoral Monárquica. Presidente do Partido Popular Monárquico depois de 1974, chega então a declarar: queremos o Rei e os sovietes!.

Entre as suas obras: A Monarquia é a Restauração da Inteligência, Lisboa, 1920; Salazar e a sua Época. Comentário à entrevista do actual chefe do governo com o jornalista António Ferro, com capa de Almada Negreiros, Lisboa, Janeiro de 1933; Para Além da Guerra, Lisboa, Gama, 1942; A Traição Burguesa, Lisboa, Pro Domo, 1945; Tudo pela Humanidade, Nada Contra o Homem, Lisboa, Inquérito, 1953.