domingo, 29 de setembro de 2024

Ana Plácido nasceu a 28 de Setembro de 1832

Ana Plácido nasceu a 28 de Setembro de 1832 e faleceu em 1895 (63 anos), foi uma escritora portuguesa, famosa pelo seu relacionamento com o escritor Camilo Castelo Branco. Ana Plácido era filha de António José Plácido Braga e de Ana Augusta Vieira. Com dezanove anos casou-se com o capitalista brasileiro Manuel Pinheiro Alves, de quarenta e três anos.

Em 1856 iniciou um relacionamento amoroso com Camilo Castelo Branco. Após queixa do marido (Pinheiro Alves) contra a mulher e o amante, Ana Plácido é presa em 6 de Junho de 1860, e Camilo foge à justiça durante algum tempo, mas acaba por entregar-se em Outubro. Ficam detidos na Cadeia da Relação, no Porto.

Depois de absolvidos do crime de adultério em 16 de Outubro de 1861, Camilo e Ana Plácido passam a viver juntos. Dessa relação resultaram três filhos (embora o primeiro seja oficialmente filho do primeiro marido de Ana).

Com a morte do primeiro marido em 1863, a herança passa para o primeiro filho do casal, sendo Ana a administradora dos bens. Passam a viver na propriedade do primeiro marido em São Miguel de Seide, que mais tarde ficaria conhecida como Casa de Camilo Castelo Branco. 

Em 9 de Março de 1888 finalmente casam-se. Descendência:
Manuel Plácido Alves, nascido em 11 de Agosto de 1858, na cidade do Porto.
Jorge Camilo Castelo Branco, nascido a 28 de Junho de 1863, em Lisboa.
Nuno Plácido Castelo Branco, nascido a 15 de Setembro de 1864, em São Miguel de Seide.
Bibliografia | Colaborou em diversas publicações, fez traduções, ajudou Camilo em alguns textos e dedicou-se, também, à poesia. No decurso da sua carreira literária assinou algumas vezes com pseudónimos, os mais conhecidos: Gastão Vidal de Negreiros e Lopo de Souza. Primeiro livro publicado- Luz coada por Ferros ( 1863)-1000 exemplares Segundo livro publicado- Herança de Lágrimas (1871) Edição muito limitada. A segunda edição fac-similada deste livro deu-se na comemoração do lº centenário de sua morte em 1995.

Luz Coada por Ferros / Herança de Lágrimas

Títulos: Luz Coada por Ferros
              Herança de Lágrimas
Autora: Ana Plácido
Editora: Co-edição Lello & Irmão / CM-VNF)
Estado de conservação: Novos
Edição: Edição numerada e encadernada a linho de duas obras de Ana Plácido, acompanhadas pelo ensaio 'Ana Plácido: a mulher que se maravilhou a si própria' de Aníbal Pinto de Castro." 
 
Preço:   60,00 €  (Luz Coada por Ferros / Herança de Lágrimas / Ana Plácido: a mulher que se maravilhou a si própria)
Referência: 2212002
 
Sinopse: Os contos e textos autobiográficos que compõem este livro, o primeiro publicado por Ana Plácido, em 1863, foram escritos durante os 18 meses de prisão (de Junho de 1860 a Outubro de 1861) a que a autora foi condenada pelo adultério que assumiu ter cometido com Camilo Castelo Branco, que amava desde os 15 anos de idade, e com o qual viria a casar depois da morte do marido, um homem rico ao qual os pais a haviam literalmente vendido aos 19 anos, quando esse homem que a comprou tinha 43 anos.
 
Histórias de paixão, infelicidade, infidelidade e desilusão, magnificamente imaginadas e escritas, dialogam nesta obra singular com as «meditações» pessoais da autora sobre a injustiça de que foi vítima, exortando lucidamente as mulheres a que não se resignem a ser apenas «boas governantas de casa, e boas mães de família».
 
Luz Coada por Ferros é a revelação da poderosa voz literária de Ana Plácido, grande escritora do século XIX que não teve ainda o merecido reconhecimento, e uma antecipação prodigiosa da reflexão sobre a emancipação feminina realizada por Virginia Woolf, no fim da segunda década do século XX, em Um Quarto Que Seja Seu.
 
Escreve Ana Plácido: «Hoje, quando os meus verdugos me supõem dias terríveis de desesperança e amargura, eu digo à alma que suba, à inteligência que se ilumine, e de pronto uma chama misteriosa me aclara esta difícil ascensão.»
 
Diana de Sepúlveda vive um casamento sólido com um homem mais velho, a quem vê quase como um pai. O avassalador aparecimento na sua vida de Nuno, um jovem poeta, precipitará Diana numa abissal visita ao passado obscuro da sua própria família. A descoberta do segredo da geração que a antecede vai determinar o modo como lidará com a eventualidade de um novo amor.
 
Sob o pseudónimo masculino de Lopo de Sousa, onze anos depois de ter sido presa por adultério devido à sua ligação com Camilo Castelo Branco, Ana Plácido escreveu este apaixonante romance.
 
Usando a voz epistolar da protagonista na primeira parte, e na segunda recorrendo a um narrador na terceira pessoa, sem nunca perder a estrutura do enredo — revelando um grande domínio das técnicas narrativas —, a escritora desenvolve um estudo sobre os temas do casamento forçado, da infidelidade conjugal e das suas consequências à luz da dualidade de valores com que a hipocrisia social da segunda metade do século XIX julgava moralmente os dois sexos.
 
A entrega do corpo da mulher ao marido era vista como um dever, ao passo que a separação era considerada uma infâmia, que prejudicava as mulheres quanto aos seus desejos, aos seus direitos e à disposição dos seus bens, ferindo-lhes a dignidade, cerceando-lhes a liberdade e mesmo a sobrevivência, e impossibilitando-lhes a construção de um futuro sem o homem.


 


terça-feira, 24 de setembro de 2024

Os Primórdios da Maçonaria em Portugal

Título: Os Primórdios da Maçonaria em Portugal
Autor: Graça da Silva Dias e José Sebastião da Silva Dias
Editor: Instituto Nacional de Investigação Científica. Lisboa.
Edição: 1ª edição
Ano: 1980 (Lisboa)
Nº de volumes: 4 volumes (A obra está estruturada num primeiro volume, dividido em 2 tomos, de carácter expositivo com 12 capítulos da autoria de J. S. da Silva Dias e de um segundo volume da autoria de Graça da Silva Dias, também dividido em 2 tomos).
Nº de páginas: 420; [iv], 421-925; [iv], 438; [iv], 439-979 págs. com a numeração seguida nos dois tomos de cada volume.
Dimensões: 22 cm x 15 cm
Encadernação: Editorial, brochura
 
Preço:  Sob consulta
Referência: 2409002
 
Sinopse: Trabalho de investigação fundamental para o conhecimento e estudo das origens e das principais características da Maçonaria, que foi sempre causa de fascínio e desconfiança devido ao secretismo, que é a sua base principal. Obra que se centra sobre o período de 1733 a 1832, segundo Siva Dias: «revela um conjunto de fontes e de factos, empreende uma sistematização de ideias e de dados, correlaciona o maçónico e o profano, o maçónico e o cultural, o político e o social, como antes se não praticara. Lança uma luz sobre a época, que renova a sua leitura e as bases documentais ou discursivas em que esta se apoia.» A obra está estruturada num primeiro volume, dividido em 2 tomos, de carácter expositivo com 12 capítulos da autoria de J. S. da Silva Dias e de um segundo volume da autoria de Graça da Silva Dias, também dividido em 2 tomos, onde são
transcritos vários processos da Inquisição contra pessoas acusadas de pertencerem à Maçonaria, outros documentos sobre perseguições aos mações e contém um conjunto de 20 excursos onde são esclarecidos e aprofundados determinadas questões abordas no 1º volume. Inclui fontes, bibliografia e índice onomástico e ideográfico. José Sebastião da Silva Dias (Arcos de Valdevez, 1916 - Lisboa, 1994) Formado em direito, doutorado em filosofia, professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi um brilhante e fecundo investigador e professor, distinguindo-se pelo grande número de discípulos que preparou. Toda a sua investigação é uma continuada e lúcida tentativa de compreensão da cultura Portuguesa, sem submissão a visões superficiais e ideológicas. Em Coimbra criou o Instituto de História e Teoria das Ideias, fundou o Centro de História da Sociedade e da Cultura e lançou a Revista de História das Ideias. Em 1980 transferiu-se para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde foi o responsável científico pelo Centro de História da Cultura e fundou a revista Cultura, História, Filosofia. Maria da Graça Silva Dias, Investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Language: Português / Portuguese Location/localizacao: I-62-H-25. Seller Inventory # 2212PG010
Obra das mais completas que se publicaram sobre a maçonaria em Portugal, de grande importância para todos quantos se dedicam ao estudo desta instituição, nas suas vertentes histórica, política, cultural e social.
Dizem-nos os autores que “(…) O nosso livro não é, portanto, nem libelo nem apologia. Constitui uma narrativa e uma interpretação, que procurámos fossem imparciais e correctas. (…) O texto que vai ler-se é o produto de grandes canseiras, de peregrinações por bibliotecas e arquivos, de noites mal dormidas, e de anos a fio sem fim de semana. (…) Estamos convictos de que a obra publicada revela um conjunto de fontes e de factos, empreende uma sistematização de ideias e de dados, correlaciona a maçónico e o profano, a maçónico e o cultural, o político e social. Lança uma luz sobre a época, que renova a sua leitura e as bases documentais ou discursivas em que se apoia”.