Autor: Alexandre O'Neill
Editor: Guimarães Editores
Edição: 1ª edição
Coleção: Colecção Poesia e Verdade
Género: Poesia
Idioma: Português
Ano: 1969 Dezembro
Composto e impresso nas Oficinas de Guimarães Editores
Dimensões: 15,5 cm x 21,5 cm
Encadernação: Capa mole com badanas
Nº de páginas: 192 páginas
Estado de conservação: Tem a capa amarelecida e com manchas como visível na fotografia. Miolo limpo, bom.
Estado de conservação: Tem a capa amarelecida e com manchas como visível na fotografia. Miolo limpo, bom.
Preço: 85,00 €
Referência: 2304097
Referência: 2304097
Sinopse: Poeta português, Alexandre Manuel Vahia de Castro O'Neill de
Bulhões nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa, e morreu a 21 de agosto de
1986, na mesma cidade. Para além de se ter dedicado à poesia, Alexandre O'Neill
exerceu a atividade profissional de técnico publicitário. Fundador do Grupo
Surrealista de Lisboa, com Mário Cesariny, António Pedro, José-Augusto França,
diretamente influenciado pelo surrealismo bretoniano, desvinculou-se do grupo a
partir de Tempo de Fantasmas (1951), embora a passagem pelo surrealismo marque
indelevelmente a sua postura estética. A sua distanciação em relação a este
movimento não obstou a que um estilo sarcástico e irónico muito pessoal se
impregnasse de algumas características do Surrealismo, abordando noutros passos
o Concretismo, preocupando-se não em fazer "bonito", mas sim
"bom e expressivo". Para Clara Rocha, a poesia de Alexandre O'Neill
coincide com o programa surrealista a dois níveis: "a libertação total do
homem e a libertação total da arte. O que implica: primeiro, uma poesia de
'intervenção', exortando os homens a libertarem-se dos constrangimentos de toda
a ordem que os tolhem e oprimem (familiares, sociais, morais, quotidianos,
psicológico, políticos, etc.); segundo, a libertação da palavra de todas as
formas de censura (estética, moral, lógica, do bom senso, etc.)" (cf.
ROCHA, Clara - prefácio a Poesias Completas, 1982, p. 12). Para Fernando J. B.
Martinho (retomando um artigo de Quadernici Portoghesi), a diferença de O'Neill
relativamente à poética surrealista situa-se na "preferência,
relativamente à oposição 'falar/imaginar', pelo primeiro polo", numa
consequente atenção dispensada, nos livros posteriores a Tempo de Fantasmas,
como No Reino da Dinamarca ou Abandono Vigiado, "à sociedade portuguesa de
que vai traçar como que a radiografia, surpreendendo-a na sua mediocridade, nos
seus ridículos, nos seus pequenos vícios provincianos" (MARTINHO, Fernando
J. B., op. cit., 1996, pp. 39-40). Nessa medida, e ainda segundo o mesmo crítico,
se "o surrealismo ortodoxo põe a sua crença na existência de um 'ponto do
espírito em que [...] o real e o imaginário' deixariam 'de ser percebidos
contraditoriamente', em Alexandre O' Neill toda a busca parece centrar-se na
'vida' e no 'real'"