Autor: Ângelo de Lima
Organização, prefácio e notas: Fernando Guimarães
Editor: Assírio e Alvim
Edição: 2ª edição
Coleção: Documenta Poética
Género: Poesia
Idioma: Português
Ano: 2003 (Maio)
Dimensões: 14,5 cm x 20,5 cm
Encadernação: Brochura
Nº de páginas: 158 páginas
Estado de conservação: Bom
Preço: 10,00 €
Referência: 2304103
Do autor: Ângelo de
Lima foi um dos colaboradores do número 2 da revista Orpheu, mas a sua obra remontava
já ao movimento simbolista, o que tem vindo a motivar alguns pequenos
equívocos. Há, no entanto, uma grande certeza: o modo como a sua obra, cuja
importância e qualidade literária são hoje reconhecidas, está intrinsecamente
ligada ao universo doloroso e magnífico da loucura.
Ângelo de
Lima nasceu em 1872 no Porto e morreu em 1921, com 49 anos. Frequentou o
Colégio Militar e a Academia de Belas-Artes do Porto. Um pouco antes da
revolução republicana de 31 de janeiro, para a qual conspirara, é enviado numa
expedição militar a Moçambique. Após o regresso de África começa a manifestar
sinais preocupantes de loucura, o que levará ao seu internamento no Rilhafoles,
onde é observado por Miguel Bombarda. Passará depois parte da sua vida em
vários estabelecimentos psiquiátricos. Em 1915 são publicados poemas seus no nº
2 da revista modernista Orpheu. E Fernando Pessoa refere-se-lhe como a um poeta
que "não sendo nosso, todavia se tornou nosso". "Talvez sem o
saber, Ângelo de Lima tornara-se pela sua violenta originalidade cúmplice do
Modernismo. Porque embora comece por escrever versos de um ultrarromantismo
descabelado, já neles entretece a linguagem singular, obediente a leis só dela
conhecidas, que mais tarde o coroará como o mais maldito dos poetas
simbolistas.»
(Expresso,
Fátima Maldonado, 15/02792)