sábado, 30 de agosto de 2025
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Feira do Livro do Porto de 22/08/2025 a 07/09/2025
Informamos os nossos estimados
clientes, amigos e público em geral, que no período de
22 de agosto a 7 de setembro,
estamos na Feira do
Livro do Porto
que decorre nos Jardins do
Palácio de Cristal
O Canto III está no pavilhão nº.
61
A sua visita será uma grande honra
para nós
Bem Hajam
Canto III Livraria Alfarrabista
A Direção
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Lendas de Portugal
Autor: Gentil Marques
Editor: Editorial Universus, Porto
Número de volumes: 5 volumes
Capa: Capa dura, encadernação editorial gravadas a seco e a ouro
Ilustrações: Profusamente ilustrados
Edição: 1ª edição
Dimensões: 19 cm x 25 cm
Número de páginas: 395 + 400 + 399 + 402 + 391 páginas respetivamente em cada volume
Estado de conservação: Bons
Preço: 187,50 € (5 volumes) - Acresce os portes de envio
Referência: 2310002 R
Lendas de Portugal
Referência: 2508004 R
Edição profusamente ilustrada em folhas à parte, a negro e a cores, pelos pincéis e lápis dos mais consagrados artistas contemporâneos, d’entre os quais se destacam: Thomaz de Mello, Estrela Faria, Resende, Augusto Gomes, Manuel Lapa, Júlio Gil, Martins da Costa, João Abel Manta, Paulo Guilherme, Frederico George, Câmara Leme, Camarinha, Sarah Affonso, Isolino Vaz, Amândio Silva, Carlos Carneiro e Lima de Freitas. Encadernações dos editores, gravadas a seco e a ouro, nas pastas e lombadas.
Lendas de Portugal
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Ampla coletânea das mais belas e conhecidas lendas populares portuguesas, refundidas pela sensibilidade de Gentil Marques. “(…) E porque na sua maioria — senão totalidade — são essencialmente lendas populares — que o mesmo é dizer: são lendas conhecidas, contadas pelo Povo e recontadas por mim numa linguagem simples, acessível, como acessível e simples é o próprio Povo — limito-me a chamar a atenção do leitor desprevenido para a riqueza de temas que tive a sorte de encontrar.”
domingo, 17 de agosto de 2025
Feira do Livro do Porto 2025
Canto III
Livraria Alfarrabista
Informamos os nossos estimados clientes, amigos e público em
geral, que no período de
22 de agosto a 7 de setembro,
vamos estar na Feira do Livro do Porto
que decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal
O Canto III está no pavilhão nº.
61
A sua visita será uma grande honra para nós
Bem
Hajam
Canto III Livraria Alfarrabista
A Direção
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Lanterna Verde
terça-feira, 5 de agosto de 2025
Anastácio Ramos (Um Operário com História)
Anastácio Gonçalves Ramos nasceu em 26 de Fevereiro de 1898, em Vizela.
"Operário funileiro / zinqueiro, cedo se destacou enquanto organizador de greves sócio-profissionais no Porto - tipógrafos, construção civil, Carris, manipuladores do pão - e orador em comícios. Em 1919, era um dos dirigentes do movimento operário do Porto, representando os operários funileiros na União Sindical Operária, tendo discursado, em 14 de Outubro desse ano, no comício realizado contra a carestia de vida, a par de Joaquim Silva, Secretário-Geral da USO, David Oliveira, Domingos Pereira, Frederico Tavares, Guilherme Gonçalves Baptista, José da Silva Miranda (classe dos tecelões de seda), Maciel Barbosa e Serafim Cardoso Lucena. Ainda nesse período, assinou, pontualmente, um texto no semanário A Bandeira Vermelha, órgão da Federação Maximalista Portuguesa, publicado em 1919-1920."
"Dentro do movimento sindical, Anastácio Ramos tornou-se partidário da Internacional Sindical Vermelha e integrou o Núcleo Sindicalista Revolucionário do Porto, dinamizado pelo sapateiro José da Silva. Pouco depois, passou a militar no Partido Comunista e integrou a sua primeira direção local, presidida por José da Silva e composta, ainda, por António Nunes, chefe de armazém, e José Moutinho, empregado de escritório."
"Enquanto membro da direção do Norte do Partido Comunista, interveio, em Março e Abril de 1926, no Bloco de Defesa Social criado no Porto para denunciar as deportações por motivos sociais e combater o avanço do fascismo, sendo um dos oradores nas sessões e comícios então realizados. No dia 4 de Abril, no comício realizado na Alameda das Fontainhas, foi um dos que discursou, juntamente com oradores que representavam outras formações e sensibilidades políticas e sindicais: Américo Cardoso (Partido Republicano Radical); Cerdeira Paiva (republicano liberal); Jerónimo de Sousa (da Confederação Geral do Trabalho, mas que falou a título pessoal); José Domingues dos Santos (Esquerda Democrática); Marcelino Pedro (Câmara Sindical do Trabalho do Porto e redator de A Comuna); e Raul Tamagnini Barbosa (do Partido Republicano Radical, mas que também tomou a palavra enquanto)."
"Durante as comemorações do 1.º de Maio de 1926, interveio, enquanto membro do Partido Comunista, no comício realizado nas Fontainhas, tendo sido alvo de ataques de sectores anarco-sindicalistas. Segundo José da Silva relata nas suas Memórias de um operário, Anastácio Ramos, «com a sua voz de trovão, chamou a si a atenção geral da grande assembleia» e, «como era do seu estilo [...] abriu as suas considerações com um violento ataque ao Capitalismo, lançando-lhe os seus anátemas ao jeito de excomunhões, tática que sempre levava ao rubro os trabalhadores que o escutassem, o que desde logo lhe granjeou uma formidável ovação».
"Ainda no mesmo mês, fez parte dos sete delegados do Porto ao II Congresso do Partido Comunista, realizado em Lisboa nos dias 29 e 30. Preso e libertado várias vezes durante a 1.ª República, Anastácio Ramos terá sido o principal promotor do Socorro Vermelho Internacional na cidade do Porto e as prisões iriam suceder-se com o triunfo da Ditadura Militar e a fascização do país."
"Participou, com o seu grupo, na revolução de 3 Fevereiro de 1927, refugiou-se em Espanha na sequência do seu fracasso (Processo 37/Porto) e terá sido preso ainda em 1927, disso dando conta Augusto Alves Rito em carta a Bernardino Machado, datada de 17 de Setembro desse ano: «[...] no Porto foi também preso o Anastácio Ramos, que esteve na Corunha também emigrado. Este Ramos é aquele rapaz comunista, para quem eu pedi a V. Ex.ª que o Cônsul lhe passasse um salvo-conduto» [(1927), Sem Título, Fundação Mário Soares / DBG - Documentos Bernardino Machado, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_100433 (2020-6-8)]."
"O seu Cadastro Político, arquivado na Torre do Tombo, começa por indicar a influência que, enquanto sindicalista comunista, Anastácio Gonçalves Ramos tinha na mobilização dos operários, datando de 9 de Fevereiro de 1928 a primeira prisão registada enquanto preso pela Delegação do Porto, «por ser revolucionário avançado» e «elemento comunista»."
"Libertado em 29 de Abril de 1928, manteve-se sob vigilância do «agente secreto N.º 39» e voltaria a ser preso pela Delegação do Porto em 1 de Outubro de 1930, a pedido da Polícia de Lisboa. Enviado para a capital no dia seguinte, acusado de fazer «parte de um grupo organizado pelo Comité Secreto do Partido Comunista e dedicado à prática de atentados pessoais», foi deportado para os Açores em 8 de Outubro [Processo 4695-J]. Seguiu na embarcação "Lima" juntamente com os militantes comunistas António Nunes, Bento Gonçalves, Francisco Pereira de Sousa e José da Silva, para além de outros deportados políticos, tendo sido cantada a Internacional pelos «presos e muitos seus familiares e amigos que deles se foram despedir à praia de Santos, em Lisboa» ["Comunistas deportados", Avante N.º 1735, 01/03/2007]."
"Evadiu-se, em 13 de Abril de 1931, da Ilha da Madeira, onde estava com residência fixada, a bordo do vapor "Guiné", juntamente com o comandante Sebastião da Costa e outros. Desembarcou em frente de Tavira, seguiu para o Norte, onde permaneceu alguns dias em Espinho e, depois, seguiu para Vigo, onde permaneceu até próximo do Natal. Regressou a Portugal e refugiou-se em sua casa, onde foi preso em 26 de Junho de 1932. Por despacho do Ministro do Interior, foi mandado restituir à liberdade em 14 de Julho [v. Processo 96/Porto]."
"Preso, no Porto, em 10 de Maio de 1933, «por fazer distribuição de propaganda comunista», e libertado em 24 de Maio."
"Preso pela Delegação do Porto em 17 de Janeiro de 1935 e libertado em 19 de Janeiro, voltou a ser detido em 2 de Fevereiro, por «manter ligações com comunistas foragidos das Astúrias» [Processo 16/Porto, Processo 1388/SPS]. Enviado para o Aljube do Porto e libertado em 25 de Abril, voltou a a conhecer a prisão pela terceira vez nesses ano."
Preso em 2 de Dezembro e enviado para Peniche em 22 de
Dezembro. Aí permaneceu seis meses e foi tirada esta fotografia,
cedida pelo seu primo Tiago Casal Ribeiro, onde constam, também, os presos
políticos Manuel Casal Ribeiro, António Gomes da Silva, "O
Russo", Horácio Monteiro Barbosa e Carlos Dias da Fonseca.
[Fortaleza de Peniche || 1.º Semestre de 1936 || Em
cima: Manuel Casal Ribeiro, António Gomes da Silva "O
Russo" e Anastácio Gonçalves Ramos; em baixo: Horácio Monteiro
Barbosa e Carlos Dias da Fonseca]
[Fotografia disponibilizada por Tiago Casal Ribeiro,
neto de Manuel Casal Ribeiro e primo de Anastácio Ramos]
Voltaria ao Porto em 28 de Maio de 1936, onde foi julgado pelo TME em 5 de Junho e libertado no dia seguinte [Processo 2220/35].
As prisões sucediam-se e, em 17 de Outubro, seria detido pela Delegação do Porto e libertado em 23 de Dezembro de 1936. Novamente preso pela Delegação do Porto em 14 de Janeiro de 1938 e julgado pelo TME em 10 de Agosto, foi absolvido e libertado em 17 do mesmo mês [Processo 1184/37].
A sua última prisão, a décima primeira sob a Ditadura, data de 12 de Fevereiro de 1949, em Vila Nova de Gaia, onde vivia, sendo libertado em 26 de Março [Processo 1167/949].
Segundo depoimento de Carlos Pereira Soares, Anastácio Ramos terá sido «o homem mais espectacular que eu conheci em toda a minha vida. Ele deu-se muito bem com o Abel Salazar; com essa gente que parava ali na Brasileira, e no Rialto, e com outros fez uma associação, que era a SEN - Sociedade Editora do Norte. Tinham sócios, e era através dessa sociedade que a gente requisitava livros, toda a gente. A PIDE investe contra isso e acaba a SEN. E esse Anastácio Ramos faz uma biblioteca itinerante, chamada Afonso Ribeiro. Pegado ao Piolho, havia um café que era de um homem da oposição, e aí se juntavam os elementos da direção dessa biblioteca itinerante, emprestavam livros, a gente pagava 5 tostões ou 2 tostões ou 3 tostões, já não sei quanto era, e levava o livro para casa. Se não pagasse também levava»
Faleceu em 1 de Junho de 1957, ano em que José da Silva editou, por conta própria, o opúsculo Anastácio Ramos (um operário com história).
Dez anos depois, em 1968, Sérgio Valente fotografou
a romagem feita ao túmulo de Anastácio Gonçalves Ramos, localizado no
cemitério de S. Mamede de Infesta - Matosinhos, tendo discursado vários
oposicionistas ao regime, como Neves Fernandes e Zé "Barbeiro".
NOTA I: Agradeço a Tiago Casal Ribeiro a relevante
correcção do ano do falecimento de Anastácio Gonçalves Ramos, localizando-o em
1957 e não 1958. Segundo a mesma informação, datada de 11 de Agosto de 2020, o
primo direito Manuel Casal Ribeiro também esteve preso em Peniche em 1935/36.
[alterada em 04/02/2022]
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Canto III
Livraria Alfarrabista
Informamos os nossos estimados clientes, amigos e público em geral, que no período de
22 de agosto a 7 de setembro,
vamos estar na Feira do Livro do Porto
que decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal
O Canto III estará no pavilhão nº.
61
A sua visita será uma grande honra para nós
Bem Hajam
Canto III Livraria Alfarrabista